Dados recentemente revelados pelas Nações Unidas, indicam que a população da Índia deverá atingir em 2023 mais de 1400 milhões de habitantes e ultrapassar a China, tornando-se o país mais populoso do mundo. Será a energia solar uma solução para dar energia a toda a população?
As necessidades energéticas são gigantescas, mas o Governo indiano não se compromete com 100% de utilização de energias renováveis antes de 2070.
Ainda assim, para além do crescimento da população, a Índia termina 2022 com um importante recorde. O parque solar de Bhadla, situado na província de Rajastão, nordeste da Índia, ocupa uma área de 5700 hectares e é neste momento considerado o maior em operação em todo o mundo (vê aqui os cinco maiores).
Criado em 2015 pela National Thermal Power Corporation (NTPC), arrancou em 2018 com 1515 megawatts (MW) de capacidade e, atualmente deverá terminar o ano de 2022 a produzir algo como 2,25 gigawatts (2250 MW).
Para poderes teres uma ideia da dimensão é o equivalente a 57 campos de futebol (medidas standard FIFA).
Mas se ao mesmo tempo este grandioso parque solar reflete o possível compromisso da Índia em apostar em energias renováveis a verdade é que apenas representa cerca de 0,3% das necessidades do país, de acordo com a NTPC.
A Índia tem ainda outro problema. É que por muito que pudesse economicamente investir em parques solares ou outros, para avançar na transição energética o país possui infraestruturas básicas muito deficitárias, onde se incluem várias zonas sem acesso a energia de forma regular.
E a energia é só uma parte dos problemas do país porque os altos níveis de poluição, em especial nas maiores metrópoles do país, demonstram que há muito que deviam ter uma alternativa a centrais de carvão e reduzir emissões de gases… mas como o fazer num país tão grande?