Quando se fala em robôs, a nossa imaginação leva-nos logo para aquelas máquinas autónomas de filmes como o “Star Wars” ou “Wall-E”. A verdade é que muitos dos novos robôs apresentados pelas marcas – como o da Honda ou da Amazon - vão buscar este design. No entanto, os sistemas robóticos não estão limitados a esta imagem e a prova disso são os liquibots.
Cientistas do Departamento de Energia do Laboratório Nacional Laurence Berkeley e da Universidade de Massachusetts Amherst, nos Estados Unidos, criaram robôs líquidos – ou liquibots –que, para além de cumprirem as suas funções de forma autónoma, não precisam de corrente elétrica para se movimentarem.
Esta não é a primeira vez que os cientistas criam liquibots, mas é a primeira vez que conseguem fazê-lo sem necessitar de uma fonte elétrica. Em estudos anteriores, outros investigadores criaram liquibots capazes de cumprir tarefas autónomas apenas uma vez ou então que conseguem fazer as tarefas de forma contínua sendo alimentados por eletricidade.
Em contraste, neste caso, os liquibots são alimentados quimicamente para estarem sempre a trabalhar. Eqnauto houver comida no seu sistema, os liquibots andam para trás e para a frente como um pendulo.
Os liquibots funcionam da seguinte forma. Com apenas dois milímetros de diâmetro e semelhantes a pequenos sacos abertos, ficam no centro da solução, onde enchem com os químicos selecionados. Isto provoca uma reação que gera bolhas de oxigénio e que faz com que eles venham à superfície quase como se fossem pequenos balões. Uma segunda reação puxa-os para as extremidades para que descarreguem a carga.
Uma vez que a tarefa que executam depende da sua fórmula, é possível ter vários liquibots a funcionarem em simultâneo e a cumprir diferentes objetivos.
De acordo com o estudo, estes robôs líquidos podem ser usados para diversos fins, como detetar gases no ambiente, transportar químicos agressivos ou descobrir e sintetizar determinas drogas.
Os investigadores preparam-se agora para estender o estudo. Numa primeira fase esperam conseguir aumentar a tecnologia para sistemas maiores e explorar a utilização dos robôs em superfícies sólidas.
(Fotomontagem: AWAY - Direitos Reservados)