Em 2022, as energias limpas representaram 49% do consumo nacional de eletricidade, uma percentagem inferior à de 2021, quando atingiu os 59%. Ainda assim, o ano que passou ficará marcado pelo crescimento exponencial da produção fotovoltaica devido ao aumento no investimento na energia solar.
Os dados foram avançados pela REN – Redes Energéticas Nacionais que referiu que, do consumo total, 25% foi de produção eólica, 12% de hidroelétrica, 7% de biomassa e 5% de fotovoltaica, um valor que à primeira vista pode parecer pequeno, mas que sofreu um aumento de 48% face a 2021 graças ao aumento progressivo da capacidade instalada.
Apesar da energia hidroelétrica ter sido a segunda maior fonte dentro das renováveis, houve uma descida de 35% na produção anual devido a afluências muito reduzidas provocadas pela seca que se fez sentir em todo o país.
A REN explicou também que a produção não renovável foi responsável por 33% do consumo, e o saldo importador abasteceu 18%, tratando-se da percentagem mais elevada desde 2008.
Quando analisado apenas dezembro de 2022, as energias renováveis tomam ainda mais expressão no consumo elétrico, com 81% deste a vir de fontes limpas.
Consumo de eletricidade aumentou, mas de gás desceu
No ano que passou, verificou-se um aumento no consumo de eletricidade a partir da rede pública e uma variação negativa no mercado do gás.
Ao todo, foram usados 50,4 Terawatts-hora (TWh) de energia elétrica, mais 1,8% do que em 2021, “ou 2,4% com a devida correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis”, explica a REN citada pela Lusa.
Esta subida, faz com que a utilização de eletricidade em 2022 seja equivalente aos valores de 2019, antes da pandemia.
Já no gás natural, o consumo foi o mais baixo desde 2016, tendo sido registado o valor de 61,8 TWh, menos 3,2% do que em 2021.