Os transportes públicos são essenciais para facilitar as deslocações dentro de uma cidade ou de um país, mas para serem realmente úteis, é importante que sejam acessíveis. Sabes quais os países (e capitais) europeias que têm melhoro oferta?
A Greenpeace divulgou um novo ranking dos transportes em 30 países europeus e capitais. A análise foi feita tendo por base quatro critérios: quão simples é o sistema de bilhetes, se os preços dos passes eram acessíveis, descontos para grupos socialmente vulneráveis e os impostos. Cada país recebeu depois uma pontuação que podia ir até 100 pontos.
Luxemburgo, Malta, Áustria, Alemanha, Chipre e Espanha surgem no topo da tabela com a melhor pontuação. A nível de capitais, Talin, na Estónia, Luxemburgo e Valeta, em Malta, estão também no top 3.
Por outro lado, a Grécia, a Croácia e a Bulgária surgem no fundo da lista, sendo que a Bulgária não recebeu qualquer ponto dos 100 possíveis. Amesterdão, nos Países Baixos, Londres, em Inglaterra, e Dublin, na Irlanda, têm os piores acessos ao transporte público.
Em termos de preços, parece que são Praga, na República Checa, Bratislava, na Eslováquia, Roma, em Itália, e Viena, na Áustria, as capitais com passes mensais ou anuais mais baratos, sendo que chega a custar menos de 0,85 euros por dia.
Na ponta oposta surge Londres, em Inglaterra, Dublin, na Irlanda, Paris, em França, e Amesterdão, nos Países Baixos, onde o passe mensal/anual chega a ficar por 2,25 euros por dia.
Transportes públicos em Portugal e em Lisboa
A Greenpeace também analisou a acessibilidade dos transportes públicos em Portugal e na sua capital, Lisboa, e os resultados estão longe de ser animadores, pelo menos a nível nacional.
Portugal surge em 17.º lugar, juntamente com a Suécia, com apenas nove pontos de 100 e estes surgem apenas graças ao IVA nos transportes que é baixo, de apenas 6%. A nível nacional, não há um sistema único de bilhetes nem descontos especiais para grupos socialmente vulneráveis.
A capital, por outro lado, surge numa melhor posição, em 15.º lugar, com 79,7 pontos de 100. Para esta pontuação contribuíram várias questões, como o facto de Lisboa ser a única cidade analisada com transportes gratuito para jovens com menos de 23 anos residentes e desconto de 60% para não residentes.
Além disso, seniores residentes também viajam de graça, como não residentes a terem acesso a 50% de desconto. Quem tem passe social, paga menos 25% a 50% nos transportes. No lado negativo, pessoas com deficiência não têm qualquer redução no preço do passe.