Lançar produtos que dizem ser sustentáveis está na moda, mas parece que muitas das alegações ambientais não passam de ecobranqueamento ou greenwashing. O alerta é dado pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor que lançou uma campanha que pretende ensinar os consumidores a identificarem estes rótulos falsos.
Com o apoio da Direção-Geral das Atividades Económicas, a nova campanha pretende despertar crianças e adultos para o greenwashing, ao mesmo tempo que capacita consumidores para fazer escolhas de produtos mais sustentáveis.
“A ideia é agir em todas as frentes, explicar que nem tudo o que é verde é efetivamente amigo do ambiente”, disse uma fonte da associação à Lusa.
A nova campanha pode ser encontrada nas redes sociais, na página da Deco e em outros lugares, e deverá ser reforçada em fevereiro e março, refere a Lusa.
Na União Europeia, cerca de 57% das pessoas está recetiva a alegações ambientais, pelo que há empresas que se aproveitam disto, anunciando que algo é mais sustentável, sem na realidade estarem a cumprir quaisquer metas de proteção ambiental.
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Expressões como “ecológico”, “biodegradável” ou “amigo do ambiente” muitas vezes não passam de argumentos publicitários sem base factual para vender determinados produtos, explica a associação de proteção do consumidor.
A campanha não esquece as empresas e apela a que estas “não se pintem de verde!”, mas que partilhem a verdade em relação à sua pegada ambiental.