Após um concurso internacional em 2022, a Galp contratou a MVRDV para desenvolver o novo Innovation District, um projeto de regeneração urbana e requalificação social, económica e ambiental da antiga refinaria de Matosinhos. Dos mesmos especialistas chega-nos agora um impressionante projeto de sustentabilidade.
Do projeto da MVRDV em Portugal, também divulgado como “Cidade da inovação ligada às energias do futuro” ainda não são conhecidos mais pormenores, mas agora a empresa neerlandesa referência internacional na área de urban planners revelou os detalhes da sua mais recente proposta de planeamento urbanístico no extremo oriente.
O paralelismo com Portugal é que este novo projeto da MVRDV também incide sobre a transformação de um espaço onde funcionou um complexo industrial de apoio e a antiga refinaria de petróleo de Hangzhou na China num projeto de parque cultural e livre de emissões de carbono.
O Hangzhou Oil Refinery Factory Park, irá ocupar uma área de 18 hectares e ficará localizado a sul do Grande Canal da China, um dos canais artificiais de água mais longos e mais antigos do mundo, incluindo escritórios, lojas e ampla variedade de experiências culturais em um ambiente verde entrelaçado com memórias do passado industrial.
Um dos pontos de atração do novo parque será todo o caráter aliado à sustentabilidade, onde o novo Art and Sci-tech Centre, um museu dedicado à arte e ciência, terá um papel central.
Este museu terá capacidade de regular a temperatura com uma fachada externa permeável e com soluções que permitem aquecer ou arrefecer o espaço de uma forma sustentável. A fachada do edifício conta ainda com LED que se iluminam à noite e com milhares de pequenas placas fotovoltaicas que geram energia a partir da luz solar.
Todo o novo parque integra fortemente fontes de energia renováveis para servir como um excelente exemplo da transição de combustíveis fósseis para energia sustentável e os promotores asseguram que poderá ter emissões negativas de CO2 com injeção de excedente de energia produzida na rede.
Os responsáveis da MVRDV consideram que com este projeto cumprem um importante objetivo: incorporar as antigas estruturas industriais em novos elementos que revelam um futuro melhor e mais sustentável.
Há ainda elemento naturais do parque que foram projetados como uma floresta paramétrica, capaz de proporcionar sombra, produção de alimentos e até preservar a biodiversidade.
As torres dos prédios da refinaria são mantidas e integradas à paisagem do parque, com escadas e plataformas que proporcionam vistas do parque. A proposta também desenvolve um catálogo de possíveis usos para os muitos silos do local – alguns transformados a partir das estruturas originais, alguns reconstruídos e alguns meramente sugeridos por círculos de pavimentação onde estavam originalmente.
De experiências de arte imersivas a quiosques de retalho e jardins fechados, essas estruturas ajudam a manter o parque animado, garantindo que exista sempre algo para fazer mesmo depois de escurecer.