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Crise dos microchips já afetou a produção de mais de 2 milhões de veículos

Desde janeiro os construtores automóveis já tiveram de reduzir várias vezes a produção devido à falta de semicondutores
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Microchip (Foto: Pexels)
Microchip (Foto: Pexels)

A falta de semicondutores ou microchips está a condicionar fortemente a produção de veículos em todo o mundo. Dados recentes indicam que só desde janeiro já existiram cortes de produção superiores a dois milhões de automóveis.

Os construtores norte americanos e os modelos mais baratos parecem ser os mais afetados, de acordo com um relatório da AutoForecast Solutions (AFS), citado pela Automotive News (AN).

As previsões para a indústria não são as mais animadoras e a Guerra na Ucrânia ainda veio somar mais um problema ao setor automóvel. A AFS estima que só até ao final da semana passada um total de 2,23 milhões de veículos foram atrasados nas linhas de produção devido à falta de componentes eletrónicos.

E estes dados apenas compilam informação da Europa e dos Estados Unidos. Não se sabe o impacto nas fábricas no resto do mundo, em especial na China.

A forte procura mundial por semicondutores devido aos desconfinamentos, maior confiança dos compradores e maior incorporação de elementos eletrónicos é uma realidade que ainda vai perdurar durante algum tempo.

Ver também: Em 2022 a Tesla e Toyota, por exemplo, já reportaram problemas na produção automóvel devido à falta de chips.

A falta de microchips está a ter vários impactos. O primeiro tem a ver com os modelos disponíveis. Como há menos oferta no mercado, alguns construtores canalizam os semicondutores para veículos topo de gama, mais rentáveis, em detrimento dos veículos mais económicos e, normalmente, menos dotados de equipamento

Por isso, não estranhes se encontrares para entrega, quase imediata, o último supra-sumo tecnológico elétrico topo de gama, mas depois poderás ter que esperar meses para receberes o teu utilitário só porque queres um sistema de navegação melhor.

Por outro lado, junto do potencial comprador, o atraso da entrega pode desmotivar o comprador. Notícias recentes da Yonhap News referem que já há consumidores no mercado asiático que estão a desistir do carro próprio em detrimento de outras soluções de mobilidade.

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