A energia renovável continua a abastecer a grande parte do consumo elétrico em Portugal. Em março, 91% da eletricidade usada veio de fontes limpas, sendo este o terceiro mês consecutivo com valores acima dos 80%.
De acordo com dados da REN, durante o mês de março, foi a energia hidroelétrica que teve o maior índice de produtividade (1,78, sendo que a média histórica é de 1). Esta fonte registou também um novo máximo de potência entregue à rede de 7280 MW no dia 11.
Olhando para outras fontes, a energia eólica teve um índice de produtividade de 1,15 e a energia solar de 0,86 (ambas com média histórica de 1).
O saldo mensal de trocas com o estrangeiro foi exportador, o que acontece pela primeira vez este ano.
Se analisarmos os dados dos primeiros três meses de 2024, a produção renovável foi responsável por 89% do consumo. Comparativamente, se analisarmos o ano inteiro de 2023, as energias limpas colmataram 61% da eletricidade usada no país.
Neste primeiro trimestre, o índice de produtividade hidroelétrica foi de 1,38 e abasteceu 47% do consumo. A energia eólica não ficou muito atrás, abastecendo 31% da eletricidade. A energia fotovoltaica representou 6%. A produção de gás natural abasteceu 11% do consumo.
Ainda assim, olhando para o mercado do gás natural, houve uma descida homóloga em março de 5,8%, uma variação que a REN refere ser motivada pelo segmento de produção de energia elétrica que cada vez mais se vira para as renováveis.
No final do trimestre, o consumo acumulado anual de gás registou uma descida homóloga de 10%, tratando-se do consumo mais baixo desde 2014.