A energia solar vai ganhar destaque na cidade de Lisboa nos próximos quatro anos. De acordo com o documento partilhado pela Câmara de Lisboa “Demonstrações Previsionais: Grandes Opções do Plano 2022-2026 da cidade de Lisboa”, que aborda o plano de investimento para os próximos anos, há seis pilares que vão guiar o orçamento e um deles é o da sustentabilidade.
É no “Pilar 2: Uma cidade sustentável” que o executivo de Carlos Moedas aborda a questão da energia solar.
A capital portuguesa sempre foi conhecida pelos dias soalheiros e a ideia é tirar o máximo proveito possível do sol para produzir energia. É assim apresentado o projeto Lisboa Solar que se divide em três pontos de ação.
Depois de vários avanços e recuos ao longo dos anos, o executivo municipal prevê avançar e concluir a empreitada da Central Fotovoltaica de Carnide, de forma a aumentar a capacidade instalada de produção de energia fotovoltaica na cidade. O investimento previsto no documento da Câmara de Lisboa é de 2,1 milhões de euros. Esta central, com capacidade de 2MW, estava prevista para 2020, mas acabou por nunca avançar.
O executivo quer promover a instalação de sistemas solares (térmicos, fotovoltaicos e híbridos) tanto para aquecimento de águas como para produção de eletricidade para autoconsumo. Este ponto visa todo o tipo de edifícios, desde residenciais a comerciais, públicos e privados. Vai ser dada prioridade a escolas e edifícios de habitação social.
Por último, com o objetivo de satisfazer pelo menos parte das necessidades energéticas em edifícios e equipamentos municipais, está planeada a instalação de Unidades de Produção para Autoconsumo (UPAC).
Para além do projeto Lisboa Solar, o executivo de Carlos Moedas prevê ainda dois grandes investimentos na energia solar na capital.
Em primeiro lugar, quer-se criar no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) um fundo energético para instalação de painéis solares térmicos e fotovoltaicos em edifícios residenciais.
Para combater a pobreza energética, há planos para geração descentralizada de energia solar em edifícios de habitação social, sendo que a energia produzida deverá ser distribuída pelas famílias mais carenciadas por um preço simbólico ou mesmo sem qualquer custo.
(Fotos: António Cotrim/Lusa, Unsplash e Pixabay)