Paletes, caixas e contentores. Pode não parecer à primeira vista, mas estes elementos fulcrais ao transporte de mercadorias em todo o mundo contribuem para a base da economia circular onde o sistema de partilha e reutilização pode ser aplicado de forma sustentável. Como? A CHEP explica.
A CHEP assinala 30 anos de atividade em Portugal e convidou a AWAY para uma mesa redonda onde se debateu o conceito das cadeias de abastecimento, processos de distribuição, partilha e sustentabilidade. O denominador comum: as paletes.
As empresas que operam na logística conhecem bem a importância das paletes, caixas e contentores na distribuição de mercadorias. Mas o desafio, mais do que organizar e assegurar que as mercadorias chegam aos clientes é manter esta atividade como uma área verdadeiramente circular, onde o desperdício é reduzido ao mínimo possível, num modelo que a CHEP designa por “pooling”.
Para Ana Paula Sardinha, Country General Manager da CHEP (ao centro na foto acima) é necessário “encontrar novas formas de partilha e colaboração, eliminando desperdícios e quilómetros vazios” for forma a que seja possível “reduzir custos, emissões de dióxido de carbono (…) e criar oportunidades”.
Mas porque se fala em economia circular? As paletes podem ser quase infinitamente reaproveitadas ou recicladas. Um exemplo, uma palete de madeira é recolhida, recondicionada (se necessário lavada) e realocada ao sistema de distribuição. Quando chega ao período de vida em que pode já não ter as características ideias para ser reaproveitada, pode ainda ser transformada em biocombustível.
Um programa de transporte colaborativo permite fornecer soluções “carbono neutro”, onde os clientes têm acesso a compensar emissões de carbono.
A digitalização é também um ponto forte da atividade, com dispositivos de “rastreio” que permitem localizar as paletes e perceber qual o destino das mesmas ou agir por forma a que não existam perdas na cadeia.
Alejandro Tostado, Responsável de Sustentabilidade da CHEP (à esquerda na foto acima) explica à AWAY: “temos programas que permitem contribuir para a redução do desperdício alimentar e fornecemos ferramentas que permitem um maior controlo digital da atividade para contribuir para a redução das emissões”.
Uma atividade com paletes toca em dois fatores-chave: madeira e plástico. Madeira, onde a resposta da CHEP é simples: por cada árvore que utilizam na conceção das paletes contribuem com a plantação de duas, numa forte aposta na regeneração da floresta. Já o plástico, o empenho está na reciclagem e reaproveitamento dos materiais.
Com 14 milhões de movimentos de paletes por ano em Portugal a CHEP quer contribuir de várias formas para reduzir a pegada de carbono dos mais de 700 clientes em Portugal e ser um impulsionador de sustentabilidade na distribuição e logística.