Energia

Combustíveis: o que podemos esperar para os próximos tempos?

Não te iludas com a queda da cotação do petróleo. Há mais fatores que fazem subir os preços dos combustíveis
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Bomba de combustível
Bomba de combustível

Preço dos combustíveis continua a aumentar e o gasóleo, que é dos combustíveis mais utilizados em Portugal, parece numa escalada de preço interminável. Mesmo o alívio da gasolina tem sido muito reduzido face ao valor que é pedido aos automobilistas.

Esta semana de início de verão, a cotação do petróleo está a aliviar face ao período homólogo e o crude para entrega em agosto já está com uma descida de 7 dólares por barril. Mas são vários os analistas a alertar para a volatilidade do mercado.

Aos receios cada vez maiores de uma recessão económica nos Estados Unidos, juntam-se os apoios declarados da China à Rússia, que geram incerteza nos mercados e trazem problemas acrescidos à questão energética. Por outro lado, a Rússia tem conseguido, em particular junto da India, escoar o petróleo que não está a fornecer à Europa.

Se isto não é suficiente para a volatilidade do mercado, então que dizer do forte aumento do preço das matérias primas em todo o mundo. A forte procura por alternativas aos combustíveis fósseis tem provocado escassez de produtos como o lítio, cobalto e alumínio, entre outros (a Tesla que o diga que já anunciou despedimentos).

Qual é o problema? É que o aumento de preço destes produtos ou a sua escassez fazem com que os construtores automóveis tenham que aliviar a torrente de lançamentos de veículos elétricos.

E o que acontece depois? Alguns consumidores podem não querer estar um ano à espera de um veículo elétrico se tiverem como oferta (quase imediata) um veículo de combustão.

O resultado está à vista. O consumo de petróleo não abranda. Sem alternativas energéticas válidas, o custo também não vai aliviar.

O que esperar então? O preço dos combustíveis vai continuar a aumentar. Não são esperados alívios significativos. E mesmo que a cotação do petróleo baixe a verdade é que, basta ver a composição dos preços nos últimos meses, para perceber que o custo de refinação e da distribuição, também têm aumentado.

Alternativas para os governos só há uma: alívio de impostos. Alternativas para os consumidores, infelizmente começam a escassear.

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