A Panasonic está a estudar a viabilidade de fazer com que as suas fábricas sejam energeticamente autossuficientes e a Tesla parece estar a dar uma mãozinha. A primeira prova de conceito da empresa, que inclui energia solar, hidrogénio e baterias de acumulação de energia, está a ser desenvolvida no Japão, na fábrica de produção de pilhas de combustível.
A unidade de Kusatsu recebeu dezenas de painéis solares, pilhas de combustível de hidrogénio e grandes baterias para armazenamento de energia. O sistema criado é modular de forma a ser expandido a qualquer momento.
A escolha de localização para este teste não foi aleatória. O Japão é um país propício a desastres naturais e episódios climatéricos extremos, algo que provoca com frequências falhas no fornecimento de energia. Produzindo energia localmente, a unidade garante maior estabilidade.
Os painéis fotovoltaicos cobrem o telhado da fábrica e produzem um máximo de 570 KW de eletricidade. São complementados por 99 pilhas de combustível a hidrogénio compactas com capacidade de gerar 495 KW.
As baterias, que de acordo com a CNBC são Tesla Megapack, conseguem armazenar até 1,1 MWh de energia extra que pode ser usada quando necessário.
De acordo com a Panasonic, num dia comum, cerca de metade das necessidades energéticas da unidade são garantidas pelos painéis solares. O resto vem na sua maioria do hidrogénio e uma pequena parte das baterias de armazenamento.
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Apesar de utilizar energias renováveis, não se pode dizer que todas as fontes utilizadas são sustentáveis. O hidrogénio que alimenta a fábrica de Kusatsu é na sua grande maioria cinzento, ou seja, é produzido com gás natural, um processo que liberta muitas emissões, refere a CNBC. No futuro, a Panasonic espera usar apenas hidrogénio produzido com recurso a energias sustentáveis.
Esta solução desenvolvida pela Panasonic deverá chegar a outras unidades da empresa brevemente, sendo que poderá ficar disponível para comercialização em 2023