Nos últimos meses, temos visto uma crescente preocupação com o mercado energético com o aumento dos preços da luz e do gás. Esta tendência que tem afetado a vida (e a carteira) de milhões de pessoas por toda a Europa levou os governos dos vários países a criar medidas estratégicas para combater a escalada de preços.
A Selectra, empresa especializada no sector de luz e gás, fez um estudo internacional que permitiu perceber quais as medidas que têm sido sugeridas pela Europa. E se há países que optam por reduzir a carga fiscal sobre a eletricidade, outros criam mecanismos de apoio aos consumidores mais vulneráveis.
Energia em Portugal
Foi no final de 2021 que as medidas para combater os preços elevados de eletricidade no Mercado Ibérico de Eletricidade começaram a surgir. Na altura, o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes garantiu que os preços da eletricidade no mercado regulado não sofreriam qualquer aumento em 2022.
Este ano, as famílias em mercado regulado começaram o ano a pagar mais 0,2% do que a média de 2021, ainda que o valor da fatura de janeiro tenha sido mais baixo em 3,4% comparando com os meses de outubro, novembro e dezembro de 2021.
Para consumidores no mercado livre, as diferenças de valores irão sempre depender da comercializadora que está contratada.
O impacto da invasão russa
Se o mercado energético estava com subidas constantes já o ano passado, com a declaração de guerra da Rússia à Ucrânia este ano, surgiu um novo ponto de pressão no setor, uma vez que a Rússia é um dos principais exportadores do gás natural na Europa.
O preço do gás natural tem subido substancialmente, tendo já atingido valores de 115 euros por megawatt hora.
Uma das novas medidas para combater esse problema foi a transferência adicional de 150 milhões de euros do Fundo Ambiental para travar o aumento do preço da eletricidade no mercado grossista.
Invasão da Ucrânica com forte impacto no preço da energia
Medidas nos outros países europeus
O problema da subida de preços da eletricidade e do gás natural não afeta só Portugal, mas quase todos os países Europeus e estes também têm anunciado medidas para apoiar as pessoas.
Em Espanha, foi aliviada a carga fiscal sobre a energia e foi reduzido o imposto especial de eletricidade. Para apoiar as famílias com menores rendimentos, foi aumentado o valor da ajuda “bono social”.
O Reino Unido também criou medidas de apoio, entre elas a redução de 200 libras (cerca de 241 euros) em cada fatura de eletricidade em Inglaterra, Escócia e País de Gales, a ser reembolsada a partir de abril de 2023.
Na Alemanha, foi já anunciada a descida do imposto EEG-Umlage utilizado para promover fontes de energia renováveis e estão a considerar eliminá-lo totalmente em julho, que poderá significar uma poupança anual de perto de 90 euros para uma família média.