A Volocopter recebeu uma encomenda de 150 aeronaves, que serão produzidas na China com a ajuda do Zhejiang Geely Holding Group, o que vem confirmar a tendência de utilização dos aviões elétricos de descolagem e aterragem vertical, ou eVOTL, para transporte de passageiros em curtas distâncias.
Depois de várias apresentações públicas (como o vídeo que mostramos em um evento nos Estados Unidos), a start-up alemã espera lançar a aeronave na China até meados desta década, sendo que esta primeira encomenda de 150 unidades será produzida localmente com a ajuda do Zhejiang Geely Holding Group com o qual estabeleceu uma parceria, para realizar operações de táxi aéreo.
“A China representa uma oportunidade de mercado única para a indústria da mobilidade aérea urbana”. - Florian Reuter, CEO Volocopter
A lista de principais investidores desta start-up alemã inclui nomes como a Daimler, a Black Rock e a Intel Capital, entre diversos outros, tendo sido angariados cerca de 322 milhões de euros para este projeto.
O sucesso dos táxis aéreos completamente elétricos à volta do mundo pode ainda parecer estar num horizonte longínquo, mas cidades como Singapura, Paris, Seul, Hong Kong e Dubai já tem vários aparelhos em teste e, em breve, poderá começar a existir atividade comercial, pelo que este negócio com um operador chinês será um forte impulso.
Quanto ao negócio que inclui a aquisição das 150 aeronaves, não foram revelados quaisquer detalhes financeiros, mas a empresa aproveitou para comunicar que Daniel Li Donghui, um dos responsáveis máximos da Zhejiang Geely se tinha acabado de juntar ao seu conselho de consultores.
O primeiro teste com piloto a bordo foi realizado há mais de cinco anos na Alemanha e demonstrou as capacidades e as possibilidades de transporte do Volocopter. Mais recentemente foi nos Estados Unidos que o eVOTL demonstou as suas capacidades. Os seus motores elétricos têm um nível de ruído bastante reduzido e a sua capacidade de manobra permite-lhe aterrar e levantar voo em espaços tão pequenos como um simples Helipad, por exemplo.
Um aparelho elétrico, sustentável, com emissões zero e capaz de aterrar e levantar voo de forma vertical e, por isso mesmo, em praticamente qualquer local, é uma forma de repensar a mobilidade, inclusive a mobilidade urbana.