Os autocarros a hidrogénio que em breve entrarão ao serviço da STCP no metrobus do Porto vão ser construídos por um consórcio que integra a CaetanoBus e a DST Solar, num contrato agora anunciado de 29,5 milhões de euros.
A Metro do Porto revelou em comunicado de que o fornecimento e manutenção dos novos veículos BRT (Bus Rapid Transit – metrobus), projetos e infraestruturas de produção de hidrogénio verde e de energia elétrica de fontes renováveis foi adjudicado a um consórcio que inclui a CaetanoBus, DST Solar, DouroGás Natural, PRF e BrightCity.
Assim, e após concurso público internacional, este consórcio fica responsável pelo pacote de equipamento e manutenção num valor global adjudicado por 29,5 milhões de euros, avança o Metro do Porto. Este valor está inserido no investimento total para o serviço do metrobus anunciado pela empresa o ano passado e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no valor de 66 milhões de euros.
Para além da aquisição de 12 autocarros articulados elétricos movidos a hidrogénio verde (produzido a partir de fontes sustentáveis), que farão serviço nas linhas Boavista-Império (em construção) e Boavista-Anémona (concurso a ser lançado em breve), faz parte das responsabilidades do consórcio a execução de todas as infraestruturas técnicas necessárias à produção de hidrogénio verde e de energia elétrica proveniente de fontes renováveis.
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Os 12 autocarros terão motorização híbrida elétrica com alimentação a hidrogénio (no estado gasoso), velocidade limitada até 50 km/h, autonomia estimada de até 350 quilómetros (100% circulando a hidrogénio) e de até 50 km (modo elétrico) e lotação de até 130 passageiros, com 35 lugares sentados.
Para assegurar um transporte verde e autonomia energética, em linha com os planos de descarbonização da empresa, irão ser instalados painéis solares fotovoltaicos nas estações de recolha da operadora Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), com a capacidade de produzir uma média de 350 Kg de hidrogénio por dia.
A Metro do Porto acrescenta que este posto de fornecimento de hidrogénio terá ainda capacidade de alimentar outros veículos para além do material circulante do metrobus.