O projeto preliminar do BRT (sigla para bus rapid transit, também conhecido por metrobus) do Porto prevê que o novo meio de transporte funcione como uma linha principal alimentada por linhas complementares da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto), incluindo na Avenida Marechal Gomes da Costa que não terá uma via dedicada ao transporte.
O novo meio de transporte, identificado pela Câmara do Porto como uma espécie de autocarros articulados, será alimentado a hidrogénio verde.
De acordo com o documento do programa preliminar do projeto BRT Boavista – Império, as avenidas da Boavista e do Marechal Gomes das Costas terão estações do metrobus que coincidem com paragens da STCP.
Na última sessão extraordinária da Assembleia Municipal, foi referido que o BRT estará na avenida Marechal Gomes da Costa, mas sem ter uma via dedicada, estando nas estradas juntamente com os automóveis.
No entanto, de acordo com o programa preliminar do projeto de execução da linha de BRT Boavista – Império, estão previstas vias dedicadas ao metrobus na avenida do Marechal Gomes da Costa, paralelas ao espaço verde da placa central, sendo que uma das faixas rodoviárias será adaptada para a utilização do BRT.
O projeto prevê que seja necessário eliminar alguma da oferta de estacionamento de superfície, assim como reduzir o tamanho de alguns passeios. Poderá ser necessário reduzir o tráfego e mudar o acesso ao parque de estacionamento da Casa da Música.
A obra do BRT Boavista – Império foi adjudicada à Metro do Porto e terá um custo previsto de 24,9 milhões de euros, estando abaixo do orçamento de 45 milhões de euros.
Extensão da linha BRT até Matosinhos
Apesar de já ter sido anunciado que o BRT irá ser estendido até Matosinhos, até agora ainda só foi adjudicada a construção da linha entre a Boavista e a estação Império, no Porto.
Como o orçamento inicial de 45 milhões de euros não será todo utilizado, os restantes 20 milhões servirão para fazer chegar a linha de autocarros a hidrogénio até Matosinhos.
Antes do arranque da obra do metrobus no Porto, com início em junho de 2022, será lançado novo concurso público para adjudicação da construção da linha que chega até Matosinhos e que contempla cinco novas estações (Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador [Anémona]), assim como a construção de uma rotunda na Avenida do Marechal Gomes da Costa.
Novo transporte público para o Porto
O novo projeto de BRT no Porto é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência e tem um orçamento total de 66 milhões de euros, valor que inclui não só a construção da linha, como também a aquisição de 12 veículos e um posto de abastecimento.
Quem ficará responsável pela linha, que inclui autocarros a hidrogénio, é a STCP, empresa intermunicipal, referiu o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, em fevereiro.
A ligação de BRT que irá do Porto a Matosinhos terá um total de 13 estações que inclui as oito estações previstas inicialmente (Casa da Música, Bom Sucesso, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império) e as cinco anunciadas posteriormente (Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador [Anémona]).
Espera-se que a ligação Boavista-Império-Anémona esteja em funcionamento no final de 2023.
(Fotos: STCP e P. Menezes, N. Karvounis, F. Sousa, P. Sousa/Unsplash)