Atualidade

Máfia de Las Vegas preocupada que seca nos lagos revele segredos escondidos

Ossadas estão a surgir à medida que alguns lagos e rios estão a secar em Las Vegas e isso é um problema para o ambiente... e para a máfia
Texto
Seca está a colocar o passado a descoberto no Lake Mead (Foto: John Lochner/AP)
Seca está a colocar o passado a descoberto no Lake Mead (Foto: John Lochner/AP)

Lago Mead (Lake Mead no original) é um dos maiores reservatórios de água artificial existente em todo o território Norte Americano, mas tal como muitos outros lagos no mundo está a sofrer os efeitos catastróficos da seca prolongada. Mas a seca prolongada neste lago pode vir a trazer para além de um problema ambiental um outro problema que não afeta propriamente a todos. A não ser que pertençam à Máfia da zona de Las Vegas. Porquê? Vamos por partes.

Criado como uma extensão do rio Colorado, Lake Mead é o mais importante reservatório artificial do projeto de fornecimento de água para mais de 20 milhões de pessoas nos estados do Nevada, California, Arizona e até algumas partes do México.

As temperaturas extremas (não muito longe existe o famoso Death Valley, em português o deserto da Morte, onde é normal verificarem-se mais de 50 graus centígrados) estão a secar o lago em especial nas zonas mais perto da famosa metrópole de casinos, jogo e glamour: Las Vegas.

Seca está a colocar o passado a descoberto em Las Vegas (Foto: John Lochner/AP)

E é aqui que o problema começa. É que Lake Mead dista apenas 50 quilómetros da cidade e o acesso é relativamente fácil. E todos sabem disso. A começar pelos mafiosos que, alegadamente, têm utilizado ao longo de várias décadas este lago como forma de enviar “para os peixinhos” alguns rivais ou outros indesejados.

A história nem é nova. No Museu da Máfia em Downtown Las Vegas há vários relatos, muitos deles registados em jornais com algumas décadas, de famosos personagens da máfia que desapareciam, quase sempre misteriosamente, após uma curta visita às margens do lago.

Exposição 100 anos Máfia em Las Vegas no Mob Museum (Foto: Isaac Breken/AP)

De acordo com dados da Euronews, Lake Mead atingiu este ano o nível mais baixo de água desde 1930 e toda a albufeira estava em agosto a apenas 27% da sua capacidade.

Imagens mostram agora zonas que tiveram submersas durante décadas e que, nos últimos 20 anos, tem persistentemente ficado em níveis muito baixos. Há zonas que estão com uma quota de 50 metros abaixo do considerado normal.

Lake Mead (Foto: John Lochner/AP)

Máfia preocupada com a descida do nível de Lake Mead

A preocupação das máfias locais, ou mais corretamente "dos grupos criminosos organizados" teve o seu primeiro episódio em maio passado quando um barril surgiu à superfície e dentro deste estavam os restos mortais de um corpo que os investigadores conseguiram apurar ser do final dos anos 1970 ou início de 80 do século passado.

A meio de agosto soaram ainda mais todos os alarmes. Não muito longe deste barril foi encontrada uma arma que apesar de não poder ser diretamente ligada a um presumível homicídio deixava a dúvida no ar.

Las Vegas 1953 (Foto: Todos os direitos reservados/Associated Press)

Uma vez mais são os responsáveis do Museu da Máfia em Las Vegas que vão avançando algumas explicações, até mesmo no próprio site. Criminosos de vária ordem, como traficantes de droga, jogadores ilegais ou empregadas de casinos menos sérios estão entre os desaparecidos ao longo das datas referidas.

E o problema é fácil de entender. É que se continuarem a surgir corpos ou material passível de ser investigado, tendo em conta as técnicas que hoje existem (mais avançadas do que nos anos 1950 por exemplo) pode acontecer que os investigadores consigam ligar estes indícios a crimes e podem surgir dados importantes que venham a implicar alguns elementos da Máfia local.

É um novo problema relacionado com o aquecimento global, mas este não irá afetar a todos da mesma forma...

Continuar a ler
Descobre o teu mundo.
Recebe a nossa newsletter semanal.
Home
A pensar nas férias? Este destino português tem prémio de sustentabilidade
5 formas de aproveitares as borras de café e dar-lhes uma nova vida
Bolt já fez mais de 600 mil quilómetros com animais a bordo em Portugal