China está a utilizar dois enormes drones lançados de uma plataforma de rockets para atingir nuvens na província de Sichuan e tentar acabar com uma devastadora seca que teima em perdurar. Processo não é novo e já em 2007 foram utilizados rockets adaptados capazes de proceder à "fertilização" das nuvens.
A falta de chuva está a provocar cortes na produção de eletricidade, paragem na produção de fertilizantes, e, de acordo com a Bloomberg está a afetar grandes fabricantes locais que fornecem componentes a clientes tão variados como a Apple ou Tesla. E esta é uma das motivações da China: resolver o problema económico, derivado da falta de energia.
Já esta semana a CCTV noticiou que o Instituto de Meteorologia Chinês lançou dois drones no final de agosto que irão cobrir uma área de 6 mil quilómetros quadrados e efetuar operações de "fertilização" das nuvens durante alguns dias.
Os drones levam sementes que mais não são do que um composto reagente, capaz de produzir gelo, como o iodeto de prata e que depois é pulverizado em nuvens já com alguma humidade. Este é um processo que é conhecido como a "fertilização das nuvens". Quando o reagente começa a acumular gotas em seu redor dá-se o processo de queda de chuva.
A China tem um longo historial na utilização de tecnologia para regar campos de cultivo, arrefecer os céus de uma cidade e garantir céu limpo e em 2007 já tinha utilizado rockets capazes de provocar chuva e limpar o céu para os Jogos Olímpicos que se realizaram em 2008.
Enquanto a fertilização das nuvens continuar a fábrica da Honda em Chongqing e os produtores de fertilizantes da Sichuan Lutianhua irão manter-se fechados e outros fabricantes terão a produção limitada.