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Árvore portuguesa do ano é de uma espécie exótica e está em Guimarães

Árvore vai representar Portugal no concurso internacional Árvore Europeia do Ano
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Camélia-japoneira, em Guimarães, Braga (foto: Tree Of The Year)
Camélia-japoneira, em Guimarães, Braga (foto: Tree Of The Year)

Uma camélia-japoneira dos jardins centenários de “Vila Margaridi”, em Guimarães, Braga, venceu a sétima edição nacional do concurso Árvore do Ano e irá representar Portugal no certame internacional, com as votações a decorrerem em fevereiro.

Segundo os organizadores do concurso, uma iniciativa da União da Floresta Mediterrânica (UNAC), a camélia obteve 3900 votos, ficando em segundo lugar o chamado “sobreiro do rei”, em Mafra, Lisboa, com 3075 votos

A UNAC salienta em comunicado que pela segunda vez consecutiva é uma espécie exótica (um eucalipto no ano anterior) a vencer o concurso da árvore do ano.

A vencedora é uma representante da história portuguesa e das relações comerciais entre Portugal e o Japão, diz a organização, lembrando que a introdução da espécie em Portugal ocorreu através dos marinheiros das naus dos descobrimentos que traziam e levavam sementes de diferentes espécies entre os vários portos do Mundo.

O exemplar ganhador, centenário, foi considerado de interesse público devido ao seu desenho em forma de campânula, com mais de seis metros de diâmetro e outros tantos de altura.

Ao todo, as 10 árvores a concurso receberam quase 25 mil votos. Nesta edição, de 44 candidaturas, a UNAC levou a votação um plátano, uma azinheira, a camélia, um cedro, uma nogueira-do-japão, uma magnólia, duas oliveiras e dois sobreiros.

“Não se pode proteger o que não se conhece, e as árvores nas cidades para além do valor paisagístico e ambiental que detêm, permitem também à sociedade em geral uma maior proximidade com aqueles que são os nossos ativos florestais basilares”, considera a UNAC.

O concurso Árvore Europeia do Ano realiza-se desde 2011. É uma iniciativa que todos os anos “consciencializa mais 200 mil pessoas com a natureza, promovendo o cuidado e a preocupação com 16 árvores, a unidade de 16 comunidades locais em torno de uma causa e ainda o orgulho de 16 países na sua herança natural”.

Na edição passada venceu a Polónia pelo 2.º ano consecutivo e novamente com um carvalho.

Portugal já ficou em primeiro lugar com um sobreiro, em 2018. Na última edição ficou no quinto lugar, com um eucalipto.

A UNAC representa os interesses dos produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias.

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