Sustentabilidade

Destruição de árvores na Amazónia, no Brasil, atinge recorde em janeiro

Imagens de satélite da Agência Espacial Brasileira denunciam atrocidade ambiental, contrária à vontade manifestada por Bolsonaro na COP26
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Desflorestação na Amazónia (Foto: Mauro Pimentel/Gettyimages)
Desflorestação na Amazónia (Foto: Mauro Pimentel/Gettyimages)

O número de árvores cortadas na Amazónia bateu todos os recordes em janeiro, num sinal preocupante da destruição que a floresta brasileira está a sofrer à mão dos interesses dos madeireiros.

Este recorde é ainda mais preocupante porque o início do ano é normalmente uma época em que as fortes chuvas impedem o acesso à mata, e, por isso, a área de desbaste costuma ser menor.

A área destruída em janeiro de 2022 supera em cinco vezes a área de 2021, que já era o valor mais alto desde janeiro de 2015.

Foto: Marizilda Cruppe/Amazônia Real

De acordo com o noticiado pela Reuters, no início da semana, os ambientalistas acusam o governo de Jair Bolsonaro de contribuir para o acelerar do desflorestamento da Amazónia.

O ano passado durante a COP26 o governo de Bolsonaro foi igualmente acusado, por alegadamente, autorizar este desbaste do pulmão do planeta, para que grandes empresas pudessem aproveitar a madeira e, ao mesmo tempo, permitir às grandes indústrias plantarem outras culturas que melhor sirvam a indústria alimentar.

No entanto, nessa altura o governo brasileiro comprometeu-se em parar com a desflorestação até 2030.

Foto: Divulgação

Os dados do satélite Inpe, da Agência Espacial Brasileira, expõem imagens impressionantes da devastação da floresta: um total de 460 km2. Em termos de comparação, esta área equivale, por exemplo, sensivelmente a todo o concelho de Palmela na margem sul, em Portugal.

Vivem-se momentos inquietantes para o futuro do planeta.

 

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