Sustentabilidade

Campos de golfe do Algarve vão usar águas residuais na rega

Reutilização de águas residuais vai permitir regar metade dos campos de golfe do Algarve
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Rega em campo de golfe (foto: Alistair Boyd/Unsplash)
Rega em campo de golfe (foto: Alistair Boyd/Unsplash)

Os campos de golfe em Vilamoura e na Quinta do Lago vão poder utilizar águas residuais tratadas para a rega, num investimento agora anunciado para o Algarve, contribuindo assim para o combate ao desperdício de água e mitigação dos efeitos da seca.

De acordo com a agência Lusa, 8 hectómetros cúbicos de água serão direcionados das estações de tratamento de águas residuais do Algarve para abastecer cerca de metade dos campos de golfe da região, mais especificamente localizados no concelho de Loulé.

O anúncio dos dois projetos, que vão tornar este fornecimento possível até 2026, foi feito ontem, dia 5 de setembro pela concessionária Águas do Algarve, na presença do ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro.

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Golf Quinta do Lago, Algarve (foto: Captura/Quinta do Lago)

A entidade gestora responsável pelo sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Algarve prevê um investimento global de 23 milhões de euros até 2025, realizado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estimando-se um incremento de 1,4 para 8,0 hectómetros cúbicos por ano, destinando-se 71% à utilização pelos campos de golfe.

Em Vilamoura está previsto, nesta fase, um investimento de 12 milhões de euros para concluir até 2025 cerca de 12 quilómetros de tubagem até à ETAR da estância balnear, para a rega de cinco campos de golfe (Old Course, Pinhal, Laguna, Millenium, Victoria) e rega de espaços verdes, entre outros.

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Dom Pedro Old Course Golf, Algarve (foto: captura/Dom Pedro)

Na Quinta do Lago, o investimento ascende a 2,7 milhões de euros, também para concluir em 2025 a ampliação do sistema de adução para mais três campos de golfe - Quinta do Lago Norte, Quinta do Lago Sul e Pinheiros Altos -, entre outros.

O Governo destinou 200 milhões de euros do PRR, financiado pela chamada ‘bazuca’ europeia, para projetos de melhoria da eficiência hídrica e em processos de adaptação à seca no Algarve, entre os quais estão estes projetos.

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