A implementação de serviços de táxis robô apoiados por frotas com um número significativo de veículos é um processo que, na Europa, se está a revelar difícil e moroso. Daí que as empresas dedicadas à mobilidade autónoma estudem outras soluções e optem por dar passos intermédios até que cheguem à total autonomização.
É o caso da startup de origem alemã Vay.io, com os seus automóveis operados à distância por condutores humanos.
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Veja o vídeo promocional da marca abaixo:
A desenvolver testes com veículos na zona de Berlim há já algum tempo, a Vay.io pretende avançar com um serviço de mobilidade inovador, em que o utilizador solicita um automóvel que lhe chega comandado à distância por um operador.
A partir daí o próprio assume a condução durante o percurso que pretende fazer e, no fim, sai do veículo para que o operador à distância volte a assumir o controlo e o estacione ou o leve até outro utilizador.
Os operadores comandam os veículos a partir de estações próprias, as quais estão equipadas com um volante, pedais e vários monitores de grande formato que transmitem uma visão de 360 graus ao redor do automóvel, ausente de pontos cegos. Por forma a garantir a máxima segurança, o sistema de condução à distância impede o excesso de velocidade e sobrepõe informação de segurança nos ecrãs.
A empresa liderada por Thomas von der Ohe espera disponibilizar o novo serviço já no próximo ano na Europa e, eventualmente, também nos Estados Unidos.
Para mais tarde ficará um serviço de transporte totalmente controlado à distância, outro dos objetivos da Vay.io. Para tal a empresa tem reforçado os seus recursos humanos, com elementos oriundos de organizações como a Google, a Audi ou a Boring Company, a empresa especializada em túneis de Elon Musk, CEO da Tesla. Atualmente conta com cerca de 70 pessoas nos seus quadros.
O serviço de condução à distância permitirá à Vay recolher dados operacionais importantes no sentido de atingir, gradualmente, outros níveis de automação. A startup alemã já conseguiu angariar mais de 25 milhões de euros em investimento e tem na calha outros projetos de condução à distância, nomeadamente destinados a veículos pesados.