Mais energia renovável e menos fóssil. A EDP apresentou as contas dos primeiros nove meses do ano e regista um lucro de 946 milhões de euros, um crescimento homólogo de 83%, com forte contribuição da produção hídrica em Portugal. Em sentido contrário está a utilização de carvão que a empresa quer abolir até 2025.
A EDP acredita que a partir do próximo ano a produção de eletricidade a partir de carvão represente menos de 1% do total do seu portfólio. Em comunicado de dia 2 de novembro à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a energética destacou que “as energias renováveis representaram já 85% da produção total de eletricidade da EDP”, contribuindo para a forte redução de emissões de CO2, em 51% face a 2022.
Segundo o comunicado, a empresa “deu passos importantes na implementação da sua estratégia de saída de negócio de carvão até ao final de 2025”, depois de anunciar “a venda de 80% e opção de venda de 20% da central térmica de Pecém no Brasil, com análise da conversão para combustão de gás, hidrogénio ou biomassa”.
No final de outubro a EDP anunciou o fecho ou conversão das centrais termoelétricas a carvão em Espanha, conforme a AWAY noticiou. Nomeadamente na “parceria na central de Aboño em Espanha com decisão de investimento na conversão para gás” e a “autorização de encerramento das centrais a carvão de Soto 3 e Los Barrios em Espanha”.
A empresa destacou também que estas decisões estratégicas “permitirão que a produção de eletricidade a partir de carvão represente já menos de 1% da produção de eletricidade e receitas totais da EDP em 2024”.