Sustentabilidade

Estudo de novos materiais na BMW é aposta para a sustentabilidade

O plano para reduzir a pegada de carbono até 2030, segundo a BMW, também passa pela utilização de materiais novos e inovadores
Texto

O aquecimento global já é uma realidade e as suas consequências já se vão sentindo, mas há marcas que estão longe de baixar os braços e continuam em busca de soluções inovadoras para este problema. No caso da BMW, esta nova era não passa apenas por eletrificar alguns dos modelos da gama, bem pelo contrário, uma vez que o BMW Group é uma das empresas que já está empenhada há diversos anos, com o objetivo de contribuir seriamente para esta causa.

Uma das suas estratégias de funcionamento passa pela adoção de uma economia circular, que “olha” para os materiais utilizados de uma forma mais longa do ponto de vista temporal, usando materiais sustentáveis e efetuando uma utilização mais responsável de recursos.

Esta economia circular é formada por quatro dimensões: RE:THINK, RE:DUCE, RE:USE e RE:CYCLE, ou seja, repensar, reduzir, reutilizar e reciclar. E é a base para a procura e utilização de materiais inteligentes e sustentáveis que vão fazer parte dos novos modelos da BMW, muito mais eficientes em termos de utilização de recursos naturais.

As matérias-primas renováveis já são utilizadas nos modelos da marca há diversos anos. Como exemplos, a marca refere a utilização das fibras naturais nos painéis do interior das portas, que oferecem uma redução de peso face às alternativas em plástico, mas também contribuem com um valor negativo em termos de CO2, uma vez que o absorvem e ainda libertam oxigénio durante a fase de crescimento.

Outro dos materiais que a BMW continua a estudar é a madeira, mas num formato de espuma. Pode parecer algo estranho, mas a marca encontrou uma forma de criar uma espécie de espuma moldável composta por partículas de madeira moídas, que pode ser utilizada em vez de espumas acústicas e até dispensam a utilização de adesivos sintéticos, uma vez que a própria madeira já conta com estas propriedades.

Além destas ideias, a BMW já conta atualmente com uma grande percentagem de utilização de plásticos reciclados, ainda que os esteja a converter em soluções reforçadas com fibras naturais como a celulose, o cânhamo, madeira ou bambu com o objetivo de reduzir a utilização de compostos à base de petróleo.

Para substituir a pele, a BMW está a estudar compostos de couro sintético com matérias-primas de base biológica, têxteis de poliéster reciclado e partículas de cortiça, reduzindo as emissões de CO2 em cerca de 45 por cento face ao couro sintético de PVC usado até agora. Além desta solução, há ainda uma outra proveniente de uma start-up que está a ser ponderada e que se destaca pela utilização de um material sustentável com base em fibras de cato pulverizadas com uma matriz de poliuretano de base biológica.

Ainda na parte dos têxteis, a marca bávara está a tentar encontrar uma solução que simplifique a reciclagem de elementos como os assentos, por exemplo. Atualmente, a cobertura e a espuma do seu interior não podem ser recicladas da mesma forma e são difíceis de separar. Se tudo pudesse ser trabalhado da mesma forma, o processo de reciclagem e reutilização destes materiais seria bem mais simples, pelo que a BMW também se encontra a estudar uma solução para esta questão.

Todas estas ideias fazem parte de uma linha condutora com que o BMW Group pretende entrar no ano 2030 de uma forma muito mais sustentável e com uma redução acima dos 40 por cento nas emissões de CO2.

Continuar a ler
Descobre o teu mundo.
Recebe a nossa newsletter semanal.
Home
Painéis solares dobráveis e portáteis dão energia limpa nas tuas aventuras
Radares da PSP. Vê onde vão estar na semana de 18 a 24 de março
Funicular da Graça já transporta pessoas e as viagens são gratuitas