Mobilidade

Quais são os grandes mitos da condução autónoma? Será algum deles verdade?

Estudo da Audi procura promover uma aceitação positiva da tecnologia de condução autónoma
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Audi desmistifica condução autónoma
Audi desmistifica condução autónoma

Estaremos preparados para a revolução na mobilidade que a condução autónoma irá provocar? De que forma os automóveis autónomos se irão integrar no nosso quotidiano? Que perigos representam?

Estas são algumas das questões abordadas no estudo “SocAlty – Autonomous Driving on the Road to Social Acceptance”, desenvolvido pela iniciativa &Audi, do construtor alemão, e no qual participaram 19 peritos de renome, que pretende esclarecer alguns mitos generalizados em torno da condução autónoma.

O primeiro mito prende-se com o facto de se achar que os automóveis autónomos vão ser como os convencionais, apenas sem condutor. Mas não será bem assim, em especial no interior.

O conforto dos passageiros passará a ser uma prioridade e, nesse sentido, os bancos nos automóveis autónomos não estarão, necessariamente, virados de frente para a estrada. Haverá uma maior liberdade de design do habitáculo para oferecer aos passageiros diferentes experiências. O espaço será maximizado, permitindo que tudo o que já não é necessário, como os pedais ou o volante, seja temporariamente ocultado.

Depois do software estar desenvolvido e disponível, os automóveis autónomos poderão mesmo circular em qualquer lugar? O estudo da iniciativa &Audi indica que também esta ideia é um mito, pois este tipo de veículos irá obrigar a mudanças no aspeto das cidades, que terão de passar a incluir semáforos inteligentes e sensores rodoviários, por exemplo.

E quanto ao lado prático da condução, estaremos condenados a assumir o papel de passageiro passivo, sem poder desfrutar do prazer de guiar um automóvel? Não parece que venha a ser assim. A investigação sugere que nenhum fabricante deverá vir a impedir os seus clientes de conduzirem os seus próprios automóveis se assim o desejarem.

Outra das preocupações em torno da condução autónoma diz respeito à aparente maior exposição dos veículos sem condutor a ataques informáticos. Contudo, estes não deverão ser mais vulneráveis do que os automóveis convencionais, na medida em que os fabricantes estão constantemente a melhorar os mecanismos de proteção contra ciberataques.

Há também quem diga que os veículos autónomos terão de tomar decisões de “vida ou morte”, mas será mesmo assim? Os peritos dizem que um veículo que se conduz a si próprio não tomaria a sua própria decisão numa situação perigosa, mas apenas refletiria as escolhas de software com que foi dotado. Só pode e só irá assumir as decisões e os valores éticos das pessoas que o concebem e aplicá-los-á sem a sua própria interpretação.

E, por último, será que os automóveis autónomos vão ser tão caros que serão inacessíveis à maioria das pessoas? Quando estiverem prontos para a produção em série e os custos de desenvolvimento tiverem sido amortizados, os preços vão diminuir, asseguram os peritos.

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