São geneticamente o animal mais próximo de nós e estão em vias de extinção. Os orangotangos, chimpanzés e gorilas são grandes macacos que podem desaparecer ainda durante a nossa vida, mas a UNESCO está a desenvolver um projeto para proteger esta espécie. A arma secreta são os drones.
A ser desenvolvido em parceria com o Museu Nacional de História Natural, em França, e o Sebitoli Chimpanzee Project, no Uganda, o projeto vai permitir recolher dados em 20 localizações em África e Ásia sobre os grandes macacos sem haver contacto direto com os animais.
O objetivo é identificar a ligação entre um ambiente saudável e macacos saudáveis, de forma a que se consiga contrariar a tendência de desaparecimento dos animais.
Os drones serão o principal instrumento de pesquisa utilizado já que diminuem a interferência humana e, desta forma, diminuem o risco de transmissão de doenças. Além disso, a captura de imagens aéreas permite acompanhar o ciclo natural da natureza e monitorizar possíveis atividades ilegais que possam decorrer na zona.
Desta forma, será possível criar uma base de dados, que será pública, com informações sobre os chimpanzés, gorilas e orangotangos, como que alimentos consomes, onde estão localizados e possíveis áreas de conflito com humanos, assim como sinais de desflorestações e fragmentação dos habitats.
A proteção dos grandes macacos é muito importante já que estes são uma parte do sistema que é o planeta. Estes animais têm um papel fundamental no equilíbrio ecológico das florestas tropicais e dos ecossistemas e, consequentemente, são essenciais para a adaptação às alterações climáticas, explica a UNESCO.
O projeto já está a arrancar e já começaram a ser dados workshops sobre como pilotar o drone e capturar imagens relevantes para a base de dados. Numa próxima fase, a UNESCO irá fornecer um drone a cada uma das localizações para que seja mais fácil começar a recolha de informação.