Energia

Protestos contra aumento do preço do GPL levam governo do Cazaquistão a demitir-se

Valor do principal combustível do país, o gás liquefeito, duplicou depois do governo ter retirado as limitações do preço
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Motins no Cazaquistão
Motins no Cazaquistão

Depois de quatro dias de protestos e motins contra o aumento do preço do gás liquefeito (GPL), o presidente do Cazaquistão, Kasim-Yomart Takáyev, aceitou a renúncia do governo.

Os protestos começaram no dia 2 de janeiro depois de, no primeiro dia do ano, o governo ter retirado a limitação do preço do GPL, fazendo com que este passasse de 60 tengues por litro (12 cêntimos/litro) para o dobro, 120 tengues por litro (24 cêntimos/litro).

De acordo com a Reuters, o GPL, que é o combustível mais usado no país, era vendido abaixo do custo de produção por causa de uma limitação de preço. Isto tem levado a que as empresas apostem na exportação e não haja quantidades suficientes para abastecer o Cazaquistão. Para acabar com a falta de GPL no país, o governo retirou a limitação, o que fez com que este passasse a custar o dobro a partir do início de 2022.

Para tentar acabar com as manifestações, o governo voltou a limitar o preço do GPL na província de Mangistau no dia 4 de janeiro, mas não obteve qualquer efeito, acabando por se demitir no dia seguinte.

Os protestos continuam violentos, tendo já sido registadas vários mortos e feridos, tanto de civis como das forças armadas e já foi decretado estado de emergência até dia 19 de janeiro, com limitações na circulação. Entretanto, a pedido do Cazaquistão, a Rússia e os aliados da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) deverão enviar forças de manutenção de paz para o país.

(Foto: EPA/Lusa)

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