Instalar em residências bombas de calor elétricas em grande escala, para substituir as caldeiras a petróleo e gás e assim proteger o clima, é possível, diz a indústria alemã do setor. Os fornecedores de sistemas de aquecimento acreditam, contudo, que a legislação deve ser flexível face a outros sistemas.
Markus Staudt, director-geral da Federação da Indústria Alemã de Aquecimento (BDH, na sigla original), citado pela Reuters, confirmou que a indústria está empenhada e a aumentar a capacidade de produção para apoiar os objetivos governamentais de instalar 500 mil novas bombas por ano a partir de 2024.
O mesmo responsável sublinha, no entanto, que é importante dar a 11 milhões de antigos e ineficientes sistemas de aquecimento, assim como aos instalados nos últimos anos, a oportunidade de continuarem a funcionar parcialmente com energias verdes.
Helmut Bramann, director-geral de outro lobby do sector, a ZVSHK, alinha pelo mesmo discurso, ao afirmar que apostar numa solução totalmente elétrica exigiria uma expansão urgente e desenfreada da rede elétrica, ao mesmo tempo que inibiria a utilização de sistemas híbridos que poderiam introduzir gradualmente mais energia solar térmica e fotovoltaica.
É expectável que a Alemanha venha a lançar políticas de redução de CO2 nos edifícios, responsáveis pelo consumo de mais de um quarto de toda a energia no país, bem como pela emissão de 15% do seu CO2.
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O governo de Berlim está a propor que os novos sistemas de aquecimento estejam preparados para utilizar pelo menos 65% de energia livre de CO2 a partir de 2024.