João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática em Portugal, falou esta quarta-feira na abertura da COP26, em Glasgow, e referiu que a cimeira deste ano apenas terá sido bem sucedida se for capaz de levar os países a comprometerem-se a “um nível mais elevado de ação climática, um que entregue um livro de regras completo para a aplicação do Acordo de Paris”.
O ministro português pediu que se ouça a ciência e que se tenha sempre os compromissos nacionais para a descarbonização como fio condutor na tomada na tomada de decisões a nível nacional, regional e local. Lembrou também que é importante ouvir os pedidos da juventude face à crise climática e garantir que lhes deixamos um mundo saudável.
Perante a audiência, João Pedro Matos Fernandes lembrou que “Portugal foi o primeiro país do mundo a comprometer-se com a neutralidade carbónica até 2050” e referiu que o país está a trabalhar em medidas concretas para se atingir o objetivo.
Países na COP26 trabalham no novo acordo do clima |
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À audiência, o ministro referiu que “No fim do mês, Portugal vai acabar com as centrais a carvão”. Outras das medidas apontadas foram a aposta em energias renováveis, mantendo a tendência de 2020, em que se produziu mais de 60% de energia renovável, e a duplicação do financiamento climático.
Em relação à cimeira que decorre até sexta-feira, 12 de novembro, Matos Fernandes espera que se consiga alcançar um acordo concreto e ambicioso, que passe uma mensagem forte sobre os preços do carvão e da “retirada da utilização de combustíveis fósseis”.
(Fotos: Lusa e Vanessa e Michal Bajus/Unsplash)