Já foi publicado o primeiro rascunho (ver aqui) com as políticas futuras que os países deverão seguir para atingir os objetivos definidos no Acordo de Paris, em 2015. Os representantes de quase 200 países irão trabalhar a partir do documento divulgado de forma a chegarem a um acordo que será assinado até sexta-feira, 12 de novembro, dia em que a COP26 chega ao fim.
O rascunho divulgado pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas foi proposto pelo presidente da cimeira, Alok Sharma, e destaca a necessidade de haver cooperação internacional para se conseguir limitar o aumento anual da temperatura média global a 1,5ºC. Há também um apelo aos países para reverem e reforçarem os objetivos que definiram para 2030.
Esta primeira versão que vai ser agora discutida até ao final da COP26, em Glasgow, está dividida em oito grandes grupos, que incluem ciência, mitigação, finanças de adaptação, implementação, colaboração, entre outros.
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Entre os vários pontos a discutir, destaca-se o pedido para uma transição para zero-emissões justa, apoiada por recursos financeiros adaptados e com atenção às necessidades dos países em desenvolvimento e das minorias que possam ser mais afetadas pela transição.
É referido os apoios que os países desenvolvidos devem dar aos países em desenvolvimento e pede-se que os financiamentos sejam dados em forma de concessão e não de empréstimo para não colocar criar dívidas aos países com menos poder económico.
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Pela primeira vez, há também um pedido aos países para eliminarem de forma gradual os incentivos ao carvão e aos combustíveis fósseis.
De acordo com o Aljazeera, espera-se que o documento sofra várias alterações uma vez que não há consenso em relação a diversos pontos, entre eles as regras do mercado de carbono e o pagamento de apoios às nações em desenvolvimento.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, já deixou um apelo aos países e lembrou que é o momento “de pôr de parte as diferenças e juntarmo-nos pelo nosso planeta e pelas nossas pessoas”.
(Fotos: UNFCC/Flickr e Karwai Tang/ Governo do Reino Unido)