Mobilidade

Indústria automóvel está a ser afetada por ataques informáticos

Os ciberataques são uma realidade e têm posto em causa a produção de veículos de alguns fabricantes mundiais
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Ciberataques
Ciberataques

Entre os muitos problemas com que a indústria automóvel se debate por estes dias, os ciberataques são mais um a engrossar a lista. O tema surge numa altura em que foi conhecido um alegado ataque informático dirigido à Eberspaecher, empresa alemã fornecedora de sistemas de escape e gestão térmica para automóveis.

Apesar do sistema informático da empresa ter sido, de acordo com notícias da Automotive News, severamente afetado, para já os seus clientes não registaram qualquer efeito negativo ao nível do fornecimento. Ainda assim, este ataque veio novamente levantar a questão do quão expostas estão as empresas do setor automóvel a atos maliciosos de origem informática e como esses movimentos podem afetar seriamente toda a cadeia de abastecimento.

Casos houve, num passado pouco distante, em que ciberataques implicaram o encerramento temporário de fábricas, com os consequentes avultados prejuízos financeiros. A Honda é disso exemplo. Depois de em 2017 a marca japonesa ter sido atingida pelo ataque de ransomware de nível global WannaCry, que de acordo com a agência noticiosa Reuters afetou uma fábrica no Japão, no ano passado sofreu mais um ataque à sua rede informática, o que levou à suspensão de algumas das suas unidades de produção, inclusivamente nos Estados Unidos.

A agência assegurou, na altura, que também a Renault e a Nissan foram afetadas pelo ataque WannaCry, com repercussões nas suas unidades situadas no Japão, na Índia e na Europa.

O problema existe e já foi alvo de análise por parte dos especialistas. Há poucos meses a Black Kite, empresa especializada na atribuição de classificações de cibersegurança, alertou para o facto de quase 50 fabricantes de automóveis e 17% dos fornecedores da indústria se encontrarem num nível de alto risco face a ataques de ransomware. Trata-se de um tipo de malware que bloqueia o acesso ao sistema informático infetado e que implica o pagamento de um resgate para o proprietário poder voltar a tomar o controlo do mesmo.

Teme-se agora que novos ataques informáticos possam agravar ainda mais alguns dos problemas sentidos pela indústria automóvel, nomeadamente a escassez no fornecimento de chips que tem causado o encerramento de fábricas em todo o mundo.

(Fotos: Tima Miroshnichencko/Pexels)

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