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Alimentação: estamos a consumir sal em excesso

OMS considera que ingerir sal em demasia é o principal fator de risco para mortes relacionadas com nutrição
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Ingestão de sal (foto: Monicore/ Pexels)
Ingestão de sal (foto: Monicore/ Pexels)

As populações de todo o mundo estão a ingerir sódio em demasia, o que as expõe a uma maior probabilidade de serem afetadas por doenças graves. A chamada de atenção vem da Organização Mundial de Saúde (OMS), no seguimento de um relatório inédito que realizou sobre a redução da ingestão de sódio.

O documento evidencia que não estão a ser dados passos no sentido de se atingir o objetivo global de reduzir a ingestão de sódio em 30% até 2025, com a OMS a sublinhar que a maioria dos países ainda não adotou quaisquer políticas obrigatórias nesse sentido, deixando a sua população em risco de ataque cardíaco, AVC e outros problemas de saúde.

Perante esta realidade, a OMS está a lançar um apelo dirigido a todos os países, assim como aos fabricantes de produtos alimentares, para que implementem planos de redução de sódio, um nutriente cuja principal fonte é o sal de mesa.

Ingestão de sal em demasia - AWAY
Ingestão de sal em demasia (foto: Lukas/ Pexels)

Embora seja fundamental para intensificar o sabor dos alimentos e seja mesmo essencial para a vida humana, o sal rico em sódio aumenta o risco de doenças cardíacas e morte prematura quando ingerido em excesso, alerta a OMS.

Segundo a organização que é parte integrante das Nações Unidas, a ingestão média de sódio a nível global é estimada em 10,8 gramas por dia, mais do dobro da sua recomendação – menos de 5 gramas, ou uma colher de chá.

Perante o seu novo relatório, a OMS não tem dúvidas em afirmar que ingerir sal em demasia é o principal fator de risco para mortes relacionadas com a nutrição e que é cada vez mais evidente a ligação entre a ingestão elevada de sódio e o aumento do risco de outras doenças como cancro gástrico, obesidade, osteoporose, e doenças renais.

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Ingestão elevada de sódio aumento risco de doenças (foto: Tarso Sarraf/ GettyImages)

O documento da OMS mostra que apenas 5% da população mundial está protegida por políticas obrigatórias de redução do sódio e que 73% dos 194 Estados-Membros não têm capacidade para implementar plenamente tais políticas.

A organização sublinha que a introdução de políticas rentáveis de redução do sódio pode salvar vidas, para além de que é um ponto importante para alcançar o objetivo da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável de 2030 de reduzir as mortes por doenças não transmissíveis.

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