O mês de junho não permitiu que as energias renováveis ganhassem terreno no fornecimento de energia e o total acumulado de abastecimento no semestre situa-se agora em 61% do consumo de energia elétrica.
De acordo com o comunicado da REN, em junho, ainda assim o regime hidroelétrico foi mais favorável, registando 1,11 (média histórica de 1), enquanto nas eólicas e fotovoltaicas se verificaram condições abaixo dos regimes médios, com os índices a registarem 0,81 e 0,97, respetivamente. A produção renovável abasteceu 46% do consumo e a produção não renovável e a energia importada 27% cada.
Já no que respeita ao acumulado, de janeiro a junho, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,79 (média histórica de 1), o de produtibilidade eólica 0,92 e o de produtibilidade solar 1,07. Neste período, a produção renovável abasteceu 61% do consumo, repartida pela eólica com 25%, a hidroelétrica com 23%, a fotovoltaica com 7% e a biomassa com 6%. A produção a gás natural abasteceu 19% do consumo, enquanto os restantes 20% corresponderam ao saldo importador.
- Dados de janeiro a maio revelavam que a produção renovável abasteceu 63% do consumo, pelo que existiu um recuo de 2% no acumulado
Já no mercado de gás natural registou-se uma variação negativa homóloga em junho de 19%. O segmento convencional recuou 6,5% e o segmento de produção de energia elétrica caiu 32%. A quebra no segmento de produção de energia elétrica deveu-se à maior disponibilidade de energia renovável, dado que não se verificou uma alteração significativa do saldo importador. Em junho o abastecimento nacional efetuou-se integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar exportações equivalentes a cerca de 22% do consumo nacional.
No 1º semestre, o consumo acumulado anual de gás natural registou uma contração de 21%, resultado de quebras de 4,9% no segmento convencional e de 42% no mercado elétrico. Trata-se do consumo mais baixo desde 2016 para o primeiro semestre do ano.