O mês de abril ficou marcado pelos dias quentes e secos que se refletiram negativamente no consumo de energia a nível nacional e na produção de renováveis. Ainda assim, as energias limpas supriram 49% do consumo elétrico em Portugal, em abril, e 67% se olharmos para os primeiros quatro meses de 2023.
Com exceção da produção de energia solar, as condições climatéricas que se fizeram sentir em abril não foram favoráveis à produção de renováveis, com a eólica a ter um índice de produtibilidade de 0,80 (média histórica igual a 1), revelam os dados da Redes Energéticas Nacionais (REN).
Ainda assim, foi a produção hidroelétrica que se destacou pela negativa. Com um índice de produtibilidade de 0,34, teve o segundo registo mais baixo para o mês em questão desde 1971.
Apesar da produção mais baixa, as energias renováveis foram responsáveis por 49% do consumo a nível nacional, sendo que 15% foram não renováveis e 36% energia importada. Quando olhamos para os quatro primeiros meses de 2023, as energias limpas abasteceram 67% do consumo – 29% hidroelétrica, 26% eólica e fotovoltaica e biomassa com 6% cada.
De forma geral, abril teve um consumo energético 5,6% mais baixo face ao período homólogo. Quando se analisa os dados de janeiro a abril de 2023, o consumo subiu 0,3%.
Como tem sido tendência, o mercado do gás natural voltou a recuar em abril, desta vez 25%, em grande parte impulsionado pela quebra no segmento de produção de energia elétrica.