Energia

Projeto português cria vidro que produz eletricidade a partir da luz solar

No futuro, não vais precisar de pôr painéis solares em casa para teres energia solar
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Casa com janelas (foto: O. Senyuk/ Unsplash)
Casa com janelas (foto: O. Senyuk/ Unsplash)

Em breve, poderá não ser necessário instalar painéis solares em edifícios para se ter energia limpa, porque as janelas já o vão conseguir fazer. Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) criou um vidro que gera eletricidade a partir da luz do sol e iluminação artificial.

O projeto PLANTa, da UA, desenvolveu um protótipo de uma janela em tamanho real que, para além de gerar eletricidade, funciona também como um sensor de temperatura ótico alimentado pelo sol ou por iluminação LED.

O projeto decorreu em colaboração com o Instituto de Telecomunicações (IT), o Instituto Superior Técnico (IST) e a empresa Lightenjin.

Segundo a investigadora Rute Ferreira, coordenadora do projeto, esta janela inovadora pretende ser “uma forma de integração de dispositivos de geração de energia a partir do sol em edifícios já existentes ou em construção”.

“Trata-se de um vidro revestido por uma fina camada de material transparente que capta a luz solar ultravioleta e a converte em radiação visível que é aprisionada no interior do vidro e guiada até às extremidades onde estão células fotovoltaicas escondidas na caixilharia”, explica.

De acordo com a investigadora, estas pequenas células fotovoltaicas nas extremidades conseguem gerar eletricidade suficiente para alimentar dispositivos de baixo consumo, como ‘routers’, sensores e dispositivos USB.

Aproveitando a sensibilidade do material do revestimento do vidro à temperatura, a janela transforma-se num dispositivo de dupla função: geração de energia e sensor de temperatura.

“Tirando partido da configuração comercial de janelas duplas, podemos em simultâneo medir a temperatura interior e exterior”, diz a investigadora.

Para além da construção civil, a equipa de investigadores da UA antevê que a aplicabilidade e versatilidade destes materiais e dispositivos possa ser testada para aplicações mais visionárias, como é o caso do ambiente aeroespacial para aumentar a eficiência dos conversores fotovoltaicos utilizados em satélites e, dessa forma, “baixar o custo da componente energética destes aparelhos”.

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