Energia

Energia renovável abastece quase 90% do consumo elétrico em fevereiro

Produção hidroelétrica, fotovoltaica e eólica registaram novos valores máximos nas potências entregues à rede
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Consumo energético em 2022 (foto: Thomas Desperyoux/Unsplash)
Consumo energético em 2022 (foto: Thomas Desperyoux/Unsplash)

Portugal viu grande parte do seu consumo elétrico a vir de fontes renováveis no segundo mês do ano. Em fevereiro, a energia renovável abasteceu 88% do consumo, uma subida de 1,9% face ao período homólogo de 2023, com correção da temperatura e do número de dias.

De acordo com a REN – Redes Energéticas Nacionais, que avançou com os dados, a produção de energia não renovável foi responsável pelo abastecimento de 10%, tendo os restantes 2% sido abastecidos com recurso a energia importada.

No mês passado, a energia hidroelétrica teve um índice de produtividade de 1,10, a eólica 1,19 e a fotovoltaica 0,92, sendo a média histórica para cada uma delas de 1.

Energia eólica - AWAY
Produção eólica (foto: Mary Ray/Unsplash)

A REN indica ainda que em fevereiro se registaram novos valores máximos nas potências entregues à rede nas três tecnologias, com as hidroelétricas a atingirem uma potência máxima de 6906 Megawatts (MW) em 28 de fevereiro, as eólicas 5019 MW em 29 de fevereiro, e as fotovoltaicas 1919 MW no dia 19 desse mês.

Os dados da REN referem também que no computo do ano, a produção renovável abasteceu 84% do consumo, com a hidroelétrica a representar 44%, a eólica 30% e a biomassa e a fotovoltaica, com 5% ambas. Por seu lado, a produção a gás natural abasteceu 12% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi responsável pelos restantes 4%.

Relativamente ao mercado de gás natural, a tendência de redução dos consumos que tinha sido interrompida em janeiro, voltou a observar-se em fevereiro, com uma contração global homóloga de 27%, "condicionada pelo comportamento do segmento de produção de energia elétrica, que apresentou uma redução de 73%, devido à elevada disponibilidade de energia renovável".

Ainda assim, refere, o segmento convencional voltou a registar uma evolução homóloga positiva de 16%, o que foi essencialmente devido ao segmento dos grandes consumidores.

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