A Airbnb, uma das mais importantes empresas mundiais de aluguer temporário de habitações, via plataforma online, anunciou a suspensão de todas as operações na Rússia e na Bielorússia, devido à guerra na Ucrânia.
“Os hóspedes ou clientes de qualquer parte do mundo não poderão mais realizar novas reservas para alojamento ou experiências na Rússia ou Bielorússia” anunciou a empresa norte-americana em comunicado.
Por outro lado “os clientes residentes na Rússia ou Bielorússia também já não poderão realizar mais reservas na plataforma Airbnb”, acrescenta a empresa.
Assim, a partir de 4 de abril já não é possível marcar qualquer alojamento ou experiência na plataforma Airbnb, com destino a estes dois países que têm participado no esforço de guerra iniciado por Vladimir Putin.
Ação humanitária na Ucrânia
A Airbnb está a tentar recuperar dos devastadores efeitos da pandemia Covid-19 em todo o mundo com a paragem do turismo. A guerra na Ucrânia é mais um problema para as viagens, especialmente para o leste da Europa. Mas a empresa está a ajudar como pode.
Em declarações reproduzidas pela Reuters em março, Brian Chesky o CEO da Airbnb, referiu que as pessoas não estavam a reservar habitações na Ucrânia para elas próprias, mas sim para ajudar os anfitriões a conseguirem ter mais algum dinheiro numa altura em que as reservas iriam desaparecer de novo.
No entanto, as dificuldades em processar os pagamentos devido à imposição de fortes restrições financeiras à Rússia, motivadas pela bárbara invasão à Ucrânia, não tem permitido que esta ação seja tão bem-sucedida como desejado e foram criadas outras formas de apoio. Isto porque, vários “hosts” tinham contas bancárias em bancos russos que agora não conseguem fazer chegar o dinheiro aos clientes europeus.
Ajuda direta com alojamento
Uma das soluções encontradas pela Airbnb para ajudar os refugiados foi também a disponibilização de 100 mil alojamentos temporários, prioritariamente na Polónia, Roménia, Alemanha e Hungria (países vizinhos da Ucrânia), para poder ajudar os milhares que fogem da guerra.
Quem quiser ajudar pode ir à plataforma da Airbnb e contribuir com a reserva do alojamento diretamente. No entanto, fica o registo de que a Airbnb não disponibiliza a casa automaticamente. A empresa trabalha com as instituições de acolhimento e são estas a gerir quem, quando e de que forma pode beneficiar da reserva.
(Fotos: Airbnb/Divulgação)