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Avarias do sistema AdBlue? As perguntas e respostas que procuras

Há carros a avariar com mensagens de erro devido ao sistema AdBlue
Texto

Se tens um veículo Diesel construído após 2015 é muito provável que tenhas instalado um sistema de aditivo de AdBlue para minorar os efeitos das emissões de gases poluentes. Mas há veículos que estão a surgir com problemas devido a esse sistema. O arranjo é caro e não é imediato se tens ou não de pagar a despesa.

Mas vamos por partes. A AWAY foi ao Esta Manhã (TVI) falar da questão - video completo abaixo - e deixamos aqui algumas perguntas e respostas incluindo as marcas que parecem mais afetadas com problemas recentes.

Antes de mais, um esclarecimento: o AdBlue não é bem um aditivo, mas sim um líquido composto essencialmente por dois terços de água e um terço de ureia (mistura não tóxica). É utilizado para reduzir as emissões de óxido nitroso dos motores a gasóleo, ou seja, reduz as emissões de gases de efeito de estufa e o impacto negativo que o veículo Diesel tem no ambiente.

Ou seja, clarificando, não é um aditivo de combustível, mas sim um fluído, armazenado em depósito separado e abastecido separadamente de forma fácil (qualquer um o pode fazer).

Mas porque se utiliza AdBlue?

De uma forma simplista. A norma europeia anti-poluição Euro6 veio obrigar os construtores a desenvolver uma forma de injetar um líquido nos gases de escape de forma a neutralizar as emissões nocivas. Por isso é necessário juntar AdBlue

Quanto tempo dura o AdBlue?

Depende do motor, do fabricante e dos quilómetros que faz diariamente, mas de forma geral um automóvel pode consumir entre 1,5 a 2,5 litros a cada mil quilómetros. Normalmente os construtores mandam reabastecer de AdBlue a intervalos de 15, 20 ou 30 mil quilómetros e em muitos casos está no programa normal de revisões.

O que acontece se acabar? Podemos abastecer, quanto custa?

Normalmente o sistema avisa de que é necessário repor o AdBlue e sim, em algumas bombas de combustível ou numa oficina é possível atestar o depósito.

Embalagens de 5 litros podem custar cerca de 15 euros, mas poderás encontrar mais barato.

Mas onde colocamos o AdBlue?

A tampa (azul) está identificada e em grande parte dos modelos está ao lado do bocal do combustível. Mas há modelos que tem junto à bagageira e alguns até debaixo da mala do carro.

Podemos conduzir quando acabar?

Primeiro não devemos porque estaremos a infringir a norma europeia anti-poluição. Na verdade, como praticamente todos os modelos (senão todos mesmo) não arrancam se faltar AdBlue, não vamos conseguir conduzir. Portanto terás de atestar assim que surgir mensagem nesse sentido.

adblue - away
Legenda

Há carros a ficar com avarias devido ao AdBlue. O que fazer?

O alerta surge da DECO (vê aqui) e cita duas marcas francesas: Peugeot e Citroen.

Há proprietários que estão a receber alertas de avaria de motor, devido ao mau funcionamento deste sistema e precisam de resolver. O problema é que alegadamente, de acordo com a DECO, os construtores já o sabiam e quem tem suportado o custo da imobilização e do arranjo (que pode custar até 1200 euros) são os proprietários.

A DECO exige que sejam as marcas a pagar, mas as marcas têm um entendimento ligeiramente diferente, que tem apenas a ver com a antiguidade e quilometragem dos modelos em causa.

E o que dizem as marcas?

A AWAY contactou a Stellantis, que representa em Portugal, entre outras as marcas Peugeot e Citroën.

Em resposta à AWAY as marcas asseguram que identificaram o problema em testes de qualidade, realizados em alguns veículos equipados com a primeira versão do sistema de Redução Catalítica Seletiva (SCR), em motores Diesel Euro-6, e que podem ocorrer avarias ou alertas indicando uma falha potencial. Se isto acontecer devem contactar de imediato a oficina autorizada.

Para garantir a satisfação dos clientes, os clientes Peugeot e Citroën poderão contar, nos veículos a diesel Euro 6.x produzidos de 2014 a 08/2020 com acesso a uma cobertura especial alargada contra possíveis avarias no depósito de AdBlue.

Para os veículos dos clientes com menos de 5 anos e de 150.000 km, as marcas comparticipam a 100% o preço das peças. Para veículos de clientes com quilometragem superior a 150.000 km ou com mais de 5 anos de serviço, a comparticipação é feita em conformidade com a quilometragem.

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