As temperaturas continuam a manter-se anormalmente altas e a atingir máximos históricos em todo o planeta. Março de 2024 volta a ficar nos livros por ter sido o mais quente desde que há registo.
A informação foi avançada pelo programa europeu de observação da Terra Copernicus que confirmou que março deste ano foi 1,68ºC mais quente do que no final do século XIX, antes de a queima de combustíveis fósseis ter começado a crescer exponencialmente.
A temperatura média em março foi de 14,14ºC, ultrapassando o último recorde, de 2016.
Também a superfície do mar esteve com uma temperatura média global mais alta, de 21,07ºC, sendo este o valor mensal mais elevado de que há registo e ligeiramente superior ao de fevereiro.
Desde junho de 2023 que todos os meses se têm batido o recorde histórico mensal de temperatura. Março foi o décimo mês consecutivo.
Cientistas afirmaram que o calor recorde registado durante este período não foi uma surpresa devido a um forte El Nino, condição climática que aquece a zona central do Pacífico e altera os padrões climáticos globais.
Fevereiro de 2024 foi o mais quente dos últimos 93 anos em Portugal
Com a desaceleração do El Nino, as margens pelas quais as temperaturas médias globais são ultrapassadas todos os meses deverão diminuir.
Os cientistas do clima atribuíram a maior parte dos recordes de calor às alterações climáticas provocadas pelo homem, devido às emissões de dióxido de carbono e metano produzidas pela queima de carvão, petróleo e gás natural.
O globo já registou 12 meses com temperaturas médias mensais 1,58ºC acima do valor de Paris, de acordo com os dados do Copernicus.