O governo espanhol anunciou recentemente que irá disponibilizar 2 mil milhões de euros para combater os efeitos da seca extrema e do calor excessivo. E há ainda várias medidas de proteção social, como os trabalhadores ao ar livre.
Espanha está a enfrentar uma seca de longa duração e períodos de calor extremo. A agência meteorológica espanhola emite constantemente avisos laranja e vermelhos devido ao calor, e isto significa temperaturas a atingir com regularidade mais de 30 e 40 graus centígrados.
O ano passado foi o mais quente no país vizinho desde 1961 e abril, quente como em Portugal, foi o mais seco que há memória.
Por isso o governo de Madrid avança com um plano de 2 mil milhões de euros para enfrentar esta crise meteorológica que rapidamente se pode transformar em catástrofe ambiental.
Das várias medidas anunciadas nos últimos dias, destaca-se o anúncio de novas construções para retenção de águas (o que pode nem ser uma boa notícia para Portugal), novas instalações de dessalinização e vários sistemas de reutilização de águas. A ideia é ajudar em especial a agricultura, incluindo pecuária e produtores de leite.
Mas há uma medida que parece destacar-se de todas as outras e esta é de caráter de proteção social. O executivo de Pedro Sanchez quer proibir a execução de trabalhos que recorram a mão humana ao ar livre quando as temperaturas são muito elevadas.
Ainda não é certo quais os setores e de que forma isto poderá ser implementado, mas a agricultura e construção poderão ser dois setores onde esta medida tem impacto direto. Mas também em obras públicas o que poderá não ser muito bem aceite até por pares do governo.
A ideia nem é nova, pois na Andaluzia já existem restrições para evitar trabalho ao ar livre com altas temperaturas, mas agora esta nova medida poderá trazer maior proteção para quem trabalha horas a fio sob o calor do sol.
O governo espanhol prometeu em breve concretizar exatamente a medida que deverá entrar em vigor antes do verão.