Sustentabilidade

Zonas húmidas: o seu desaparecimento coloca sobrevivência em perigo

Ecossistemas podem contribuir para o abrandamento do impacto das cheias e tempestades, armazenar carbono, reter e filtrar a água
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No passado dia 2 de fevereiro comemorou-se o Dia Internacional das Zonas Húmidas, com o objetivo de aumentar a consciencialização da importância destes locais para as pessoas e para o mundo. A data é celebrada pela Organização das Nações Unidas desde o ano passado.

Os pântanos, os charcos, os lagos e os rios são algumas das zonas húmidas existentes na Terra, tal como os viveiros de peixes, os arrozais e as salinas, embora estas sejam criadas pelos humanos.

Zonas húmidas - AWAY
Zonas húmidas (foto: F. Cone/ Pexels)

Em Portugal, o dia foi assinalado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) com a realização de vários eventos, com o mote central “É tempo de restaurar as zonas húmidas”, o qual se enquadra na década 2021-2030 declarada pelas Nações Unidas para o restauro dos ecossistemas.

O objetivo do ICNF passa por destacar a necessidade urgente em restaurar as zonas húmidas e incentivar a implementação de medidas para fazer renascer estas áreas danificadas.

Lagoa - AWAY
Lagoa (foto: S. Andrabi/ Pexels)

Durante toda a semana e em vários pontos do país, o ICNF, em conjunto com entidades oficiais, estabelecimentos de ensino, organizações não-governamentais e cidadãos, realizou atividades relacionadas com estes ecossistemas, essenciais para combater as alterações climáticas e fenómenos naturais extremos, como a seca e as inundações.

Importância das zonas húmidas

Estas zonas são dos ecossistemas mais produtivos do mundo e desempenham diversas funções. Os benefícios inerentes às zonas húmidas estão na base da sobrevivência, já que para muitas civilizações são uma fonte de alimento e água.

Uma zona húmida pode também contribuir para o abrandamento do impacto das cheias e tempestades, armazenar carbono, reter e filtrar a água. De forma geral, estes locais estão a desaparecer três vezes mais rápido que as florestas, mais de 35% foram degradados ou perdidos, desde 1970.

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