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Andámos a 'fundo' com o Mégane R.S. Trophy no Estoril

Novo desportivo da Renault é um puro sangue
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Testar um carro no Circuito do Estoril é sempre uma experiência única, mas testar um puro sangue do asfalto como o Renault Mégane R.S. Trophy, debaixo de chuva torrencial e ter ao volante um profundo conhecedor da pista do Estoril  é adrenalina pura.

Não é todos os dias que temos oportunidade de rodar no conhecido Autódromo do Estoril com um carro produzido para encantar nas pistas de velocidade e os 300 cv do Mégane R.S. Trophy estão à vontade quando a missão é carregar no acelerador.

É verdade que estamos perante o mesmo bloco de 1.8 turbo de injeção direta que equipa o Novo Mégane R.S. Mas, nesta versão Trophy, beneficia de uma evolução que lhe permite alcançar, pela primeira vez na gama R.S., a fasquia simbólica dos 300 cv de potência e um binário que é agora de 420 Nm, com caixa de seis velocidades manual.

Com o asfalto do Estoril verdadeiramente encharcado, a decisão foi solicitar ao veterano piloto Manuel Amaral, também conhecido por Larama, conhecedor como poucos do traçado do Estoril, para ser o nosso guia em duas voltas e revelar todas as potencialidades do potente Mégane R.S. Trophy. E assim ajudar-nos a compreender o funcionamento do diferencial dianteiro e de toda a eletrónica disponível no R.S. Trophy quando selecionamos o modo de condução ‘Sport’.

Sem demoras, fomos surpreendidos pela ‘música’ do motor deste Renault, tocada através de uma válvula mecânica que foi montada no escape e que influencia a sonoridade do Mégane R.S. Trophy. Desta forma, rapidamente percebemos que as duas voltas ao Autódromo do Estoril iriam ser um carrossel de emoções, já que este Mégane R.S. Trophy atinge uma velocidade máxima de 260 km/h e chega dos 0 aos 100 km/h em apenas 5,7 segundos.

Em curva e com o piso molhado, este ‘puro sangue’ do asfalto tem uma tendência para sair de traseira acabando por se tornar algo divertido de controlar já que beneficiamos de um eixo traseiro direcionável que ajuda a corrigir a trajetória.

Trata-se do sistema 4Control, o segredo da eficiência deste R.S. Trophy que permite que tanto as rodas dianteiras como traseiras possam virar no mesmo sentido; o que nos permite ter a ideia de que estamos a andar sob carris nas curvas mais longas.

Já nas curvas mais apertadas, quando temos de baixar drasticamente a velocidade, a tecnologia 4Control faz com que as rodas traseiras virem no sentido oposto ao das rodas dianteiras. Ou seja, oferece um comportamento mais incisivo, uma direção mais direta e uma agilidade verdadeiramente ímpar.

Na hora de travar, mesmo com chuva, o R.S. Trophy está dotado de travões Brembo que mostram ser bastante eficazes não se queixando dos abusos provocados ao longo de uma utilização mais desportiva.   

As jantes específicas de 19 polegadas estavam “calçadas” com os pneus Bridgestone Potenza S001, que ajudam em situações de chuva à remoção da água. Mas sem grandes aventuras. A reta interior do circuito do Estoril tinha muita água acumulada e Manuel Vilar deixava desde logo esclarecido que essa era a zona mais perigosa.

“Do lado esquerdo da reta é visível a muita água que nos pode provocar um 'aquaplanning'. Por isso, é melhor evitar essa zona, manter o volante bem seguro e, no final da reta, curvamos com suavidade para evitar uma saída”.

Se melhor o disse, melhor o executou e o Mégane R.S. Trophy, mesmo soltando ligeiramente a traseira, realizou a curva no final da reta interior de forma verdadeiramente endiabrada e mostrando que é um poço de adrenalina.

A verdade é que o Renault Mégane R.S. Trophy surpreende pela capacidade da sua irreverência que coabita na perfeição com o seu ar de compacto desportivo. Mas não se esqueça de que este só mostra todo o seu temperamento numa pista como o Circuito do Estoril.

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