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Tudo o que precisa de saber sobre os três novos híbridos da Renault

Clio, Captur e Mégane os novos híbridos E-Tech da Renault chegam em setembro e já os testamos
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A Renault apresentou agora o seu ‘tridente’ para conquistar a partir de setembro o mercado dos veículos híbridos que continua a crescer em Portugal.

Três apostas, com o Captur e o Mégane a receberem versões plug-in, enquanto o Clio chega com a nova solução híbrida E-Tech e a promessa de ser capaz de circular, em cidade, até 80% do tempo em modo totalmente elétrico.

O novo Clio E-Tech integra uma motorização ‘full hybrid’ designada por E-Tech Hybrid. Em complemento das motorizações térmicas, a versão E-Tech oferece uma experiência única, graças à capacidade para circular em modo elétrico e à reatividade nos arranques e nas acelerações.

O Clio híbrido está equipado com um motor de nova geração a gasolina de 1.6 litros de quatro cilindros, da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, que foi desenvolvido especificamente para funcionar num sistema híbrido, associado a dois motores elétricos, um principal que assume o papel de tração e um segundo motor elétrico que tem a função de motor de arranque e de apoio ao bloco de combustão, além de assumir a tarefa de sincronizador.

A este motor com 140 cv de potência junta-se uma inovadora caixa de velocidades multímodo, sem embraiagem, e uma bateria de 1,2 kWh, produzida pela Hitachi, alojada na secção posterior do utilitário.

A nova transmissão de carretos direitos, que faz a gestão entre o motor a gasolina e os dois motores elétricos, tem um funcionamento do tipo de uma caixa automática para o condutor, contudo é baseada numa caixa mecânica com quatro relações, conectadas ao bloco de combustão, às quais acrescem duas velocidades elétricas, ligadas a um dos motores elétricos. Desta forma, juntas garantem um total de 15 velocidades, com a sincronização a ser feita através de um dos motores elétricos e conta como diferencial fabricado na Renault de Cacia, em Portugal.

No teste realizado ao volante do novo Clio E-Tech Hybrid foi fácil perceber que o terreno de eleição deste novo utilitário é mesmo a cidade. No passeio realizado pela baixa lisboeta foi notória a capacidade de carregamento da bateria. A combinação entre a travagem regenerativa, que mais parece a de um veículo totalmente elétrico, com as fases de desaceleração, com o rendimento revelado pelo sistema E-Tech, foi possível constatar a rápida capacidade de recarregar da bateria, que nos permitiu realizar grande parte da viagem na baixa de Lisboa, em modo elétrico.

A marca francesa assegura que em modo totalmente elétrico, o novo Clio pode circular até aos 70-75 km/h e alcançar um consumo entre os 4,3 e 4,4 litros/100 km, em ciclo misto e emissões entre as 98 e as 100g de CO2/km (valores WLTP).

De referir que no teste realizado aos comandos do Clio E-Tech Hybrid não conseguimos ser tão comedidos como os técnicos da Renault e o nosso consumo ficou pelos 4,6 litros/100 km, certamente por termos apertado com  o acelerador em autoestrada.

A verdade é que o condutor não tem qualquer intervenção na gestão do sistema, uma vez que a tecnologia E-Tech age de forma automática e impercetível, permitindo uma condução bastante suave.

Para além disso o condutor tem à sua disposição o conhecido sistema Multi-Sense da Renault que permite escolher o modo de condução em função da sua vontade ou do perfil da estrada que vai percorrer.

O modo My Sense, é o modo pré-definido, e é aquele que permite o melhor compromisso entre o comportamento dinâmico e as rápidas acelerações. Tudo graças ao ‘efeito elétrico’, com o arranque a fazer-se, sistematicamente, em modo elétrico e com o binário sempre disponível.

Já o modo Eco adota uma cartografia menos dinâmica e mais progressiva para o pedal do acelerador, bem como passagens de caixa adaptadas.

O modo Sport permite que o sistema evidencie a sua rapidez no tempo de resposta às acelerações e, consequentemente, no desempenho.

A indicação, em tempo real, do tipo de condução que estamos a adotar, é apresentada no painel de bordo e no sistema multimédia, através do diagrama dos fluxos que indicam a natureza da energia que está a ser utilizada para a tração (elétrica, mecânica, combinada).

No interior não pense que pelo facto de estarmos perante uma versão híbrida, o espaço da bagageira diminui ou que os passageiros dos bancos de trás passam a desfrutar de um espaço mais reduzido.

O volume da bagageira não é afetado pelas baterias e continua a contar com os seus 300 litros de capacidade, o banco traseiro é rebatível e o local da roda suplente mantém-se inalterado.

O Renault Clio E-Tech híbrido 140 cv será comercializado, em Portugal, exatamente ao mesmo preço das versões equipadas com o motor diesel Blue dCi 115 cv equivalentes. A versão de entrada de gama – Intens – estará disponível por um preço de 23.200 euros, já integrando equipamentos como o sistema Easy Link e o ecrã TFT (ambos de 7 polegadas), bem como o volante multifunções.

A Renault preparou ainda uma edição especial, E-Tech Edition One, de 65 unidades para assinalar a chegada deste novo modelo ao mercado.

Já o novo Captur E-Tech Plug-in Hybrid está dotado de um bloco 1.6 litros e dois motores elétricos e debita 160 cv de potência. O novo Captur de ligar à tomada conta com uma bateria de 9.8 kWh, produzida pela LG, que permite percorrer até 50 quilómetros em modo 100% elétrico, a uma velocidade máxima de 135 km/h em ciclo misto (WLTP), e 65 quilómetros em ambiente urbano.

A bateria pode ser carregada numa tomada caseira de 2,4 kW em 5 horas e numa tomada de 7,4 kW em 3 horas

A exemplo do Clio híbrido, também o Captur E-Tech Plug-in Hybrid está equipado com a inovadora caixa de velocidades multimodo sem embraiagem.

A marca francesa revelou ainda que este bloco híbrido permite consumos entre os 1,5 e 1,7 litros/100 km, em ciclo combinado e emissões entre as 31 e as 37g de CO2/km (valores WLTP).

No teste que realizamos ao volante do novo Captur híbrido, com grande parte do tempo passado em estradas mais sinuosas conseguimos consumos de 2,4 litros/100km.

O novo Captur híbrido Plug-in também vai chegar ao mercado nacional a partir de setembro e vai contar com uma edição limitada de 50 unidades, E.Tech Edition One com o preço de 33.590 euros.

Já o Mégane E-Tech Plug-in Hybrid, tal como o Captur, conta com a motorização híbrida recarregável de 160 cv de potência.

Mas se sobre o motor híbrido estamos falados, no interior o Mégane E-Tech Plug-in Hybrid passa a contar com o novo ecrã multimédia de 9,3 polegadas, com o sistema Renault Easy Link, e um painel de instrumentos digital de 10,2 polegadas com as regulações Multi-Sense com 3 modos de condução:

Pure que está acessível através das regulações no ecrã e de um botão dedicado no quadro de instrumentos, permite uma condução 100% elétrica, desde que a bateria possua um nível de energia suficiente.

MySense que otimiza o modo híbrido. A função ‘E-Save’ permite manter uma reserva de carga (40% da bateria, no mínimo) para que a passagem à condução 100% elétrica possa ocorrer no momento pretendido (circulação no centro da cidade, por exemplo).

Já o modo Sport permite beneficiar do máximo desempenho resultante da combinação das potências dos três motores.

Nota ainda para o seletor eletrónico de caixa de velocidades, ‘e-shifter’ (sem cabos mecânicos) que vem equipado com uma função ‘Brake’, a exemplo do Captur, que permite maximizar a função de travagem regenerativa.

Por fim, embora uma parte do porta-bagagens esteja reservado à arrumação do cabo de carregamento, o novo Mégane E-Tech Plug-in Hybrid mantém todas as funcionalidades de modularidade, como o banco traseiro rebatível com um piso plano e uma bagageira com capacidade para 447 litros.

O novo Mégane híbrido, tal como o Captur, estreia ainda uma suspensão traseira com sistema multibraços em detrimento do eixo semi-rígido, o que permite oferecer uma dinâmica idêntica às das versões térmicas.

O tempo que passamos ao volante do novo Mégane E-Tech Plug-in Hybrid não permitiu tirar uma conclusão sobre os consumos, que a marca francesa anuncia 1.3 litros/100km em ciclo misto, e 30 g/km de dióxido de carbono.

O Mégane E-Tech Plug-in Hybrid vai chegar ao mercado igualmente em setembro, mas apenas na variante Sport Tourer, ou seja, carrinha, enquanto a versão berlina está prevista para o início de 2021.

Quanto a preços a Renault já fez saber que a Sport Tourer arranca nos 36.350 euros para a versão Zen.

Preços do novos híbridos da Renault:

Clio e-Tech 140 cv

Intens  - 23.200 euros

RS Line  - 25.300 euros

Exclusive  - 25.800 euros

Edition One  - 26.900 euros (edição limitada a 60 unidades)

Initiale Paris  - 28.800 euros

Captur e-Tech 160 cv

Exclusive - 33.590 euros

Edition One  - 33.590 euros (edição limitada a 50 unidades)

Initiale Paris - 36.590 euros

Mégane ST e-Tech 160 cv

Zen - 36.350 euros

Intens - 37.750 euros

RS Line - 39.750 euros

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