O preço do petróleo tem vindo a descer de forma significativa nos últimos meses. Os preços da gasolina e do gasóleo também. Mas, além destes dois factos ‘descendentes’, o que se nota também – com correspondente atenção por parte do consumidor, que é quem paga o produto final – é que a descida de um não tem sido acompanhada na mesma proporção pelo(s) outro(s).
No final deste artigo está a explicação, que agora começa.
Em queda há vários meses, o barril de petróleo atingiu valores negativos em abril e chegou a ser preciso (pelos produtores) pagar para vender a matéria prima.
A cotação do Brent – índice que serve de referência ao mercado europeu – desvalorizou 61% em quatro meses (desde janeiro).
O petróleo convertido em gasolina ou gasóleo é depois vendido no mercado de matérias refinadas, onde as cotações são diferentes. Esta costuma ser uma explicação (logo) para variações dos preços. Ora, neste mercado, de dezembro a abril o gasóleo desvalorizou 60%, enquanto a gasolina 65%.
Mas o que é muito diferente da cotação nos mercados é o preço que o consumidor paga pelo litro de combustível quando vai abastecer o seu veículo. E. nos últimos quatro meses, o preço (final, na bomba) do litro da gasolina 95 baixou apenas 17% e o do gasóleo simples apenas 19% em Portugal.
Onde está a resposta para estas diferenças de descidas? Como refere a análise feita nesta reportagem da «TVI», está com a entrada em cena do Fisco.
À volta de 70% da fatura paga pelo consumidor vai direta para impostos, Antes de impostos, Portugal é o sétimo país da Europa com combustíveis mais baratos – mesmo do que na vizinha Espanha. Já depois dos impostos...