Lewis Hamilton: a caminho do reinado absoluto e incontestável

Piloto inglês igualou Michael Schumacher naquele que é o recorde dos recordes da F1
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Lewis Hamilton (Lusa)
Lewis Hamilton (Lusa)

Lewis Hamilton deu neste domingo um passo de gigante para ser considerado o melhor piloto de sempre da Fórmula 1 ao conquistar o sétimo título de campeão mundial. Ao igualar o recorde do alemão Michael Schumacher, o britânico fica a uma época se tornar o rei absoluto de uma modalidade onde já coleciona a maioria dos recordes.

O piloto de Stevenage, cidade inglesa onde nasceu a 0 de janeiro de 1985 teve como grande inspiração o desejo de nunca mais voltar ao lugar da infância e, como destaca a agência Lusa neste perfil traçado, começou cedo a interessar-se pelos automóveis ingressando, como muitos pilotos, nos karts com apenas oito anos, em 1993.

Em 1995, apenas dois anos depois, já era campeão britânico e, por essa altura, cruzou-se com Ron Dennis, o então patrão da McLaren, ao qual disse, aproveitando um pedido de autógrafo, que, "um dia", queria conduzir os seus carros.

Ao lado do ‘rabisco', Ron Dennis escreveu: "Telefona-me dentro de nove anos. Veremos algo então". Não seria preciso esperar tanto.

O talento de Hamilton continuou a revelar-se a toda a velocidade, tanto que, com 12 anos, uma casa de apostas ‘oferecia' já ‘odds' de 40/1 para a sua primeira vitória na Fórmula 1 antes dos 23 anos e de 150/1 para o seu primeiro título até aos 25.

A conversa telefónica com Ron Dennis acabou por acontecer em 1998, seis anos antes do previsto, e foi o patrão da McLaren a ligar ao jovem piloto, que somava vitórias atrás de vitórias, para o contratar para o programa juvenil da McLaren-Mercedes.

Hamilton chegou em 2002 à Fórmula Renault, campeonato que ganhou em 2003, para rumar, em 2004, à Fórmula 3 Euroseries. Também ganhou no segundo ano. Seguiu-se a GP2 Series e, desta vez, o triunfo aconteceu logo na estreia, em 2006.

O que há muito parecia inevitável, o seu ingresso na Fórmula 1, aconteceu em 2007, para fazer equipa na McLaren com o então bicampeão em título, o espanhol Fernando Alonso.

O impacto de Hamilton foi imediato e foi por muito pouco que não se sagrou campeão mundial na estreia – culpa de um problema mecânico na última corrida, para a qual partiu na liderança – perdendo por um ponto para o finlandês Kimi Raikkonen.

Ainda assim, continua a ser hoje o piloto que mais pontos somou em época de estreia (109) e o que mais vitórias alcançou (quatro) – recorde que partilha com o canadiano Jacques Villeneuve – sendo ainda o mais jovem líder de um Mundial, com 22 anos e 126 dias.

Aos 35 anos, o estatuto de melhor piloto de sempre está agora cada vez mais perto. "Quando eu tinha seis ou sete anos, o meu pai disse-me ‘nunca desistas’ e isso transformou-se numa espécie de lema de família", disse Hamilton, em 2019.

Hamilton é já o recordista de pódios (16), de ‘pole positions’ (97), de vitórias (94) e, agora, de títulos, em igualdade com Michael Schumacher (7).

Se, tal como revelou em Portimão, a renovação de contrato com a Mercedes estiver praticamente fechada, em 2021 pode sentar-se sozinho no trono de rei da Fórmula 1.

Com a mudança de regulamentos adiada para 2022, é previsível que a Mercedes estenda o seu domínio a 2021, com Hamilton à espreita de fazer o pleno dos recordes mais importantes do automobilismo.

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