Coordenador técnico associa “sucesso” da KTM ao “trabalho impressionante de Miguel Oliveira”

Sebastian Risse explica como a RC16 evoluiu e como o piloto português faz parte desse crescimento
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Foto de família da KTM após vitória de Miguel Oliveira no GP da Catalunha (imagem Twitter Dani Pedrosa)
Foto de família da KTM após vitória de Miguel Oliveira no GP da Catalunha (imagem Twitter Dani Pedrosa)

O aumento de rendimento das motos da KTM nesta temporada de 2021 do MotoGP e a evolução particular que as RC16 mostraram na segunda metade da temporada já realizada tem sido tão reconhecida no panorama geral como a associação dos resultados ao desempenho de Miguel Oliveira tem sido feita de forma concreta e inequívoca por parte dos responsáveis da equipa austríaca.

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Em entrevista ao site do MotoGP, o coordenador técnico da KTM conta como foi a evolução do trabalho com a moto da época anterior para a presente temporada explicando como se evoluiu para uma equipa atualmente candidata às vitórias – sem esquecer os problemas de início de época, as evoluções conseguidas com a moto e, com referência explícita, o trabalho fundamental que tem sido feito pelo piloto português.

“Já sabíamos no ano passado que este ano ia ser especial, primeiro do que tudo porque perdemos concessões e também por reestruturamos a nossa equipa um pouco quanto aos pilotos. Por isso, não trouxemos uma moto radicalmente nova”, revela Sebastian Risse.

“Focámo-nos em tornar o motor mais durável, para não perdermos performance. No ano passado, a moto trabalhou bem, por isso, o desenvolvimento foi essencialmente focado nos detalhes, [em] conseguir a afinação ao máximo.”

Risse recorda que a KTM ainda sentiu dificuldades “nas primeiras rondas, com o novo tipo de pneus” e que foi preciso “virar as pedras todas ao contrário” para uma solução: “Fizemos o que pudemos para enfrentar a situação para nos tornarmos mais rápidos durante a época, conseguirmos etapas de desenvolvimento e não nos perdermos.”

O aproveitar pelos pilotos do trabalho feito na fábrica tem sido conseguido e eles não esquecem que os resultados só podem surgir do que é atingido em conjunto pela equipa. Brad Binder destaca o “chassi evoluído” de que a RC16 agora dispõe e Miguel Oliveira concretiza a evolução obtida.

“Focámo-nos em ganhar um pouco mais de estabilidade a sair das curvas e parece estar a funcionar bem.”

“A diferença do chassi está na rigidez”, revela o coordenador técnico da KTM com uma explicação prática: “Não é tão fácil para um piloto pôr lá as mãos como se fosse ‘vamos mudar isto e ficamos mais rápidos’, mas, quando nos habituamos e quando aprendemos a usar esta nova ferramenta parece que está a abrir-se uma janela, claro.”

“Felizmente, funcionou e agora parece que estamos numa situação de conseguir gerir os novos pneus bastante bem. A moto é muito rápida.”

Risse conta ainda que, resolvida a homologação do motor, “tenta-se explorar tudo, ganhar o que quer que seja de performance com o que permanece livre” para ser trabalhado e “o desenvolvimento do combustível e o desenvolvimento da calibração do motor que andam de mãos dadas” foi “o maior passo dado nessa área. O expoente dos passos dados tem sido, para o responsável da KTM, colocado em pista por Miguel Oliveira.

“A maior parte do sucesso que se vê agora é que o Miguel está a fazer um trabalho impressionante como piloto. Ele cresceu muito.”

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Sebastian Risse não deixa de apontar para o futuro lembrando que “quando se corre, mais cedo ou mais tarde o objetivo é o título”, mas também ainda não arrisca metas. Diz apenas que é preciso “estar preparado para isso a qualquer altura”. “Só passamos por este momento [de performance] há algumas rondas, é muito cedo para dizer até onde vai, mas não parece impossível...”, assume o engenheiro alemão.

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