O aumento do preço dos combustíveis em Angola está a levar o povo à rua para protestar. Hoje, dia 17 de junho, decorreu uma grande marcha contra o aumento do preço dos combustíveis, mas tudo acabou com uma ação de carga policial, uso de gás lacrimogéneo e alegados disparos com balas de borracha sobre os manifestantes.
A carga policial aconteceu pouco depois de a marcha iniciar o seu trajeto em direção à Mutamba, a cerca de 500 metros do local da concentração, junto do cemitério de Santana, Luanda, refere a agência Lusa.
As imagens divulgadas via agência Lusa e vários relatos nas redes sociais, mostram ou referem pânico, desmaios, alguns feridos e até detidos, não apenas em Luanda, mas aparentemente também em Benguela.
A intervenção da polícia visou centenas de manifestantes, maioritariamente jovens e há vídeos nas redes sociais a mostrarem o caos e pânico que se instalou.
Sem qualquer fundamento, a polícia decide reprimir uma manifestação que estava a decorrer sem qualquer tipo de sobressalto ou incidente. A pessoa racional indaga-se porquê, mas isto ultrapassa a lógica da mente democrática.#benguela#manif17jun pic.twitter.com/soVWisvIP4
— Movimento Civico (@MovCivicoMudei) June 17, 2023
Vários líderes partidários locais mostraram apoio e solidariedade pela marcha contra o aumento do preço dos combustíveis, o anunciado fim da venda ambulante em Luanda e ainda pela redução de estatuto das Organizações Não Governamentais (ONG), bem como tinham deixado vários apelos a uma manifestação pacífica.
O protesto foi marcado por organizações da sociedade civil a nível nacional contra “o mega-aumento do preço dos combustíveis” e “cerceamento das liberdades das associações e organizações não governamentais” (estatuto das ONG).