É preciso ter algum cuidado com a análise do preço do combustível em função apenas da cotação do Brent. Em Portugal o peso desta variável é de cerca de 37 a 43 por cento, respetivamente para gasolina e gasóleo (de acordo com dados da APETRO a 7 de março)
Ou seja, se não existir alterações significativas nos impostos (e só tem existido alguns paliativos), não teremos descida de preço na mesma proporção ao que tivemos de subida. Se queres saber a nossa melhor previsão segue para o final do artigo, mas antes, há que explicar um pouco o que se passa.
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Explicando melhor. Durante esta semana demos conta de algum alívio na cotação do barril de Brent, negociado em Londres, que serve de referência ao mercado nacional. Também referimos a cotação nos Estados Unidos que tem sido mais baixa.
Mas os dados mais recentes obrigam à prudência referida no início. O valor do Brent, em Londres mantêm-se acima dos 100 dólares e o WTI (Estados Unidos) esteve a negociar nos 97 dólares (dados recolhidos às 07h30 de dia 17 de março).
Sim, verdade, são valores abaixo da média da semana passada. Mas são valores que mostram instabilidade e que, de acordo com vários analistas, estão em acalmia na esperança de um possível acordo entre Rússia e Ucrânia.
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Com a devolução do acréscimo de encaixe fiscal de IVA em sede de ISP, o governo vai poder manter o travão nos preços. Mas enquanto não existir uma potencial aprovação da União Europeia à proposta de António Costa de baixar o IVA de 23% para 13% (lá está a componente impostos que referimos no início), não teremos uma redução verdadeiramente significativa.
E, até ao momento em que escrevemos estas linhas, não temos ainda indicação de quando é que o IVA vai descer. Quando isso acontecer aí sim, poderemos ter descidas entre 15 a 25 cêntimos por litro nos combustíveis.
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O que parece certo sim, é que apesar da prudência que é necessário ter quando se analisa tendência de preços num mercado onde reina a instabilidade, face à dúvida legítima sobre um possível acordo de paz, o preço do petróleo parece ter acalmado e está afastado, para já o “receio” de superar os 140 dólares por barril.
Assim, a AWAY, com base nos dados recolhidos até dia 16 de março, prevê que o preço dos combustíveis, para a próxima semana, irá ter uma descida entre 9 a 14 cêntimos na gasolina e entre 14 a 20 cêntimos no gasóleo.
Amanhã, dia 18 de março, como fazemos semanalmente, iremos apresentar a nossa melhor previsão para a próxima semana, com os cálculos atualizados e as linhas de tendência ponderadas.
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