Renault Clio comemora 30 anos com mais de 15 milhões de unidades vendidas

Clio é o modelo mais popular da marca francesa
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Há 30 anos que o Clio vem marcando as tendências, ditando as 'regras' e batendo recordes de vendas entre os utilitários na Europa.

Mais de 15 milhões de unidades vendidas nas primeiras 4 gerações, das quais quase meio milhão em Portugal, o que tornou Clio num dos mais emblemáticos modelos da marca francesa.

A primeira geração do Clio foi apresentada em 1990, parecia não ter nada a ver com o seu icónico antecessor, o Renault 5.

Desde logo, o Clio apresentou uma série de novidades relevantes, a começar logo pelos motores Energy 1.2 (60 cv) e 1.4 (75 cv) com quatro cilindros. Mesmo o 1.7 que equipava os Renault 5 GTX e Baccara viu a capacidade aumentar para os 1,8 litros e, com uma cabeça de 16 válvulas, passou a equipar as variantes mais desportivas do Clio.

Mas a evolução mais significativa da primeira geração do Clio prendeu-se com o desenho, que trocou as linhas angulares e vincadas do Renault 5, por um desenho muito mais suave e elegante que, passados 30 anos, ainda mantém uma certa atualidade.

As cavas das rodas mais pronunciadas e a grelha pequena e quase “fechada” davam um ar mais futurista e imponente ao pequeno utilitário gaulês que criou um novo paradigma no segmento B na Europa.

Entre as versões desportivas, e depois do tremendo sucesso granjeado pelo Renault 5 Turbo, o Clio 16V com 137 cv de potência foi um digno sucessor.

Em 1993 a Renault lançou o Clio Williams, com um motor 2.0 litros de 150 cv de potência e uma excelente relação peso/potência, já que convém não esquecer que o Clio pesava menos de 1000 kg. A somar a isto temos o comportamento a todos os níveis excecional e que ajudou a catapultar o Clio Williams para o “estrelato”.

O sucesso foi de tal ordem que, após uma série limitada inicial de apenas 3800 unidades (com uma placa numerada identificativa) a Renault foi “obrigada” a aumentar a produção, que chegou a superar as 12.000 unidades, embora muitas delas tenham sido convertidas para serem utilizadas em competição, por exemplo.

Em Portugal a primeira geração do Clio vendeu 172.258 unidades, cerca de 33.100 foram do Clio Société de 2 lugares.

No começo de 1998, a Renault apresentou a segunda geração do Clio. Disponível nas variantes de 3 e 5 portas. A gama de motores continuava a oferecer unidades 1.2 e 1.4 a gasolina e, no topo da oferta, passou a existir uma variante 1.6 de 16V com 110 cv de potência que assumiu o papel de desportivo ‘acessível’.

Ainda no mesmo ano, a marca francesa apresentou outra versão desportiva que iniciaria uma lenda que perdura até aos dias de hoje. O primeiro Clio Renault Sport foi lançado com um motor 2.0 litros de 16V com 172 cv de potência, capaz de impulsionar o R.S. (como passou a ser conhecido) até aos 220 km/h.

A grande surpresa estava da gama do Clio estava, no entanto, reservada para 2001, quando a Renault decidiu desvendar uma das variantes mais extravagantes e especiais não só do Clio, mas de todos os utilitários até então.

Com a cooperação da TWR (Tom Walkinshaw Racing), foi colocado um motor 3.0 V6 de 230 cv de potência, oriundo do Laguna V6, atrás dos bancos dianteiros de um Clio numa posição central-traseira, dando origem ao famoso Clio V6 de tração traseira.

A segunda evolução com 255 cv de potência elevou as prestações para níveis nunca antes imaginados para um Clio, com uma velocidade máxima de 246 km/h e uma aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 5,8 segundos.

No total, foram produzidos menos de 3000 unidades do Clio V6, o que justifica a sua raridade e valorização no mercado de usados.

Já no mercado português a segunda geração do Clio vendeu 163.016 unidades, o que transforma este modelo no 3.º mais vendido da história da marca francesa no nosso país. Como curiosidade referir que a Renault vendeu no mercado português três unidades do icónico Clio V6.

A terceira geração do Clio foi lançada em 2005, estando disponível em variantes de três e cinco portas e, pela primeira vez, em carrinha.

Apesar do crescimento generalizado das dimensões, o Clio continuava a não ultrapassar os 4 metros de comprimento. O desenho representou uma mudança notável e uma evolução mais notória do que entre as gerações I e II, por exemplo.

A gama de motores também evoluiu significativamente, sendo que a motorização de acesso passou a estar a cargo do 1.2 16V de 75 cv de potência. O patamar seguinte era assegurado pelo 1.4 de 98 cv e, mais tarde, a terceira geração do Clio ainda recebeu um motor 1.2 Turbo com 101 cv de potência inaugurando assim a era dos pequenos motores turbo a gasolina.

O topo de gama estava a cargo do R.S., com um motor 2.0 atmosférico com 197 cv de potência. Após o 'restyling', o mesmo Clio R.S. chegou aos 204 cv e teve direito a uma série limitada apelidada Gordini, em homenagem aos icónicos modelos preparados, inicialmente, por Amédée Gordini.

Em março de 2007, a Renault apresentou a variante carrinha do Clio. A Break, é 230 mm maior do que o Clio e oferece 439 litros de capacidade na mala, um valor muito generoso para uma pequena carrinha baseada num utilitário.

Em 2009, a Renault decidiu equipa o Clio de um sistema de navegação instalado de fábrica com cartografia da TomTom, sendo um dos primeiros utilitários a disponibilizar este tipo de equipamento.

Em Portugal a terceira geração do Clio vendeu 65.107 unidades, mas manteve-se sempre, entre 2005 e 2012 como um dos 5 modelos mais vendidos no nosso país.

A quarta geração do popular modelo da marca francesa fez a sua estreia no Salão de Paris em 2012.

Apesar de partilhar a plataforma com o seu antecessor, o Clio IV voltou a inovar na oferta de motores, no reforço do conteúdo tecnológico e, para não variar, na segurança.

Disponível nas variantes de cinco portas (hatchback) e carrinha (Sport Tourer), a quarta geração do Clio oferecia uma gama de motores quase toda ela nova. Manteve-se o 1.2 de 16V de 75 cv, mas a chegada do bloco TCe a gasolina, com três cilindros e 90 cv de potência, acabou por tornar este motor um verdadeiro sucesso.

No patamar seguinte, o 1.2 TCe, com quatro cilindros e 120 cv destacou-se por passar a disponibilizar uma evoluída caixa de dupla embraiagem com seis relações (EDC).

Entre os motores a gasóleo, continuavam a destacar-se os 1.5 dCi nas variantes de 75 cv, 90 cv e, na fase final da carreira comercial, a enérgica variante de 110 cv.

Pela primeira vez na história, o desportivo Clio R.S. passou a dispor de um motor turbo, uma espécie de regresso ao passado, mas com tecnologias atuais e prestações que fariam sonhar os seus antecessores. Desta feita, o Clio IV R.S. dispunha de um motor 1.6 turbo com 200 cv de potência associado a uma caixa EDC. Apesar de a potência ser praticamente a mesma do antecessor, a maior oferta de binário e a superior disponibilidade numa ampla faixa de regimes, voltou a demarcar o Clio R.S. como um pequeno desportivo de exceção.

Três anos mais tarde, também no Salão de Paris, foi apresentado o Clio R.S. Trophy, com o mesmo motor 1.6 Turbo e a caixa EDC, mas com 220 cv de potência e diversas alterações no chassis que potenciaram as capacidades dinâmicas desta série limitada.

No mercado nacional, a quarta geração do Clio vendeu 78.377 unidades, o que torna este modelo o 4.º mais vendido na história da Renault em Portugal. Como curiosidade, referir que 52% das vendas da quarta geração do Clio de passageiros foram modelos com motor diesel.

Em 2019 a Renault apresenta a quinta geração do Clio que chegou com um ar mais moderno e com uma revolução ao do interior.

Desde logo pelo imponente ecrã multimédia de 9,3 polegadas instalado na consola central. Outro dado curioso é que, apesar de mais curto do que o antecessor, a quinta geração do Clio oferece uma excelente habitabilidade, um número acrescido de espaços de arrumação e até uma maior capacidade de mala.

Para além disso a quinta geração do Clio chegou com uma vasta gama de motorizações, desde a gasolina ao diesel passando pelo bi-fuel (gasolina-GPL) e, em breve, uma motorização híbrida.

Com potências entre os 85 cv e os 140 cv (híbrido) a nova geração do Clio dispõe de uma gama de motores e caixas de velocidade (manual, automática de dupla embraiagem EDC e de variação contínua X-Tronic), dando assim continuidade a uma das sagas de maior sucesso de maior sucesso na indústria automóvel.

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