Opinião
Sandra Fazenda de Almeida
Sandra Fazenda Almeida, Diretora Executiva da APDC

Trabalhar para garantir um novo futuro

APDC lança "Prémio Cidades e Territórios do Futuro"
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Premio APDC - Cidades e Territórios do Futuro
Premio APDC - Cidades e Territórios do Futuro

Por ocasião do Dia Mundial das Cidades, comemorado em outubro, a APDC – Digital Business Community lançou o "Prémio Cidades e Territórios do Futuro". Todos, sem exceção, somos convocados a agir por um futuro mais justo, verde e saudável. E foi com esta ambição que a APDC lançou esta iniciativa, que visa divulgar e premiar projetos urbanos inovadores que podem ter um impacto significativo na vida dos cidadãos e transformar as cidades em lugares mais sustentáveis, saudáveis e inclusivos.

Este prémio assume uma visão continuada do território e não apenas as cidades e centros urbanos de maior densidade, que naturalmente continuarão a ter uma enorme relevância no futuro. A nossa visão transcende esse foco único e propõe uma abordagem aos territórios continuados, lugares onde, cada vez mais, será possível viver e trabalhar, promovendo a sustentabilidade.

O lema oficial do programa da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, desenvolvido no primeiro semestre, foi “Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital”. Também à margem da realização da cimeira do clima das Nações Unidas (COP26), o Papa Francisco pediu à comunidade internacional para não perder esta oportunidade porque "o tempo esgota-se”.

A ciência é clara: as cidades são pontos críticos para as alterações climáticas, como mostra o último relatório do IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Com 70% das emissões globais de CO2 provenientes de áreas urbanas, onde 7 em cada 10 pessoas viverão até 2050, a solução para a crise climática exige uma resposta ousada e inovadora, onde a tecnologia será absolutamente central.

Assim, esta iniciativa da APDC procura evidenciar projetos de base tecnológica que respondam a desafios do desenvolvimento urbano e, por isso, que possam ser enquadrados numa das seguintes nove categorias: Saúde e Bem-estar; Igualdade e Inclusão; Colaboração intergeracional; Mobilidade e Logística; Relacionamento com o Cidadão e Participação; Desenvolvimento Económico; Economia Circular e Descarbonização; Qualificações; Experiência Pedestre e Hospitalidade.

Estas são as dimensões que se pretendem impulsionar e que refletem uma visão holística, atual e de futuro, de como os territórios podem e devem acolher, mas também servir uma sociedade viva, dinâmica, próspera e sustentável.

Como referiu recentemente Elisa Ferreira, comissária europeia para a Coesão e Reformas, este é tempo de agir:

  • Os cidadãos europeus estão cada vez mais exigentes; 
  • Temos uma nova realidade trazida pela pandemia: “o confinamento despoletou uma subida dramática no teletrabalho e isto é apenas o início de uma revolução digital induzida que vai remodelar totalmente as nossas cidades e também a forma como vivemos"; 
  • Dispomos do Plano de Recuperação e Resiliência, “oportunidade única numa geração para o financiamento europeu promover uma recuperação digital e ambiental da Covid".
     

A Covid-19 alterou significativamente a vida urbana, tanto física como socialmente. Paralelamente, os cidadãos estão a exigir que as cidades sejam construídas de novo, para se tornarem mais habitáveis, sustentáveis e acessíveis, o que requer ação em matéria de clima e resiliência, fornecimento de infraestruturas sociais vitais (saúde e habitação) e viabilização das infraestruturas digitais necessárias para a nossa nova normalidade.

Com esta iniciativa, a APDC procura evidenciar diferentes projetos que impactam a forma como as cidades podem ser redesenhadas. O nosso contributo é sermos interlocutores e porta-vozes de soluções e iniciativas verdadeiramente relevantes e impactantes das cidades e territórios que, através da incorporação tecnológica, apresentam um elevado potencial transformador de Portugal.

Afinal, o futuro depende de todos nós!

 

Sandra Fazenda Almeida é Diretora Executiva da APDC desde 2018. Com um vasto percurso profissional em diversas áreas, desde a consultadoria estratégica e empresarial, passando pela gestão, marketing e vendas, com maior ligação aos setores de Turismo e Educação, a nova gestora tem como meta reforçar o posicionamento da Associação como plataforma de TIC e Media e catalisadora do processo de transformação da economia e da sociedade para o digital.

Sandra Fazenda de Almeida escreveu esta crónica a convite da AWAY Magazine

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